sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

JESUS SEGUIU UM CAMINHO QUE NÓS TAMBÉM PODEMOS SEGUIR

Encontramos as pegadas que Jesus deixou no Oriente e podemos segui-las com toda a segurança, pois somos capazes de entender que existe uma salvação a ser conquistada, antes de termos a concretização do Cristo dentro deste corpo, dentro desta mente e dentro deste templo. Jesus trilhou um caminho que nós também podemos seguir.

Podemos conhecê-lo como adolescente e ele se torna um modelo para os anos da nossa adolescência, depois, nos anos de nossa juventude, quando estamos nos preparando, através dos estudos para exercer uma profissão, podemos ter como modelo o período entre os seus 20 e 30 anos. Isto nos mostra que ele não nasceu simplesmente um deus, e sim que herdou a forma humana e teve de se preparar para essa missão, fazendo-o de maneira diligente.

Acredito que a tradição ortodoxa escondeu esse período de nós porque queria transformar Jesus em um deus de carne e osso, pronto para ser adorado, em vez de ser visto como um irmão, um amigo ou alguém de quem podemos nos aproximar,  pois é alcançável. Isso não diminui em nada a divindade de Jesus; simplesmente restaura a divindade de cada um de nós. Isso nos torna iguais a Jesus,  pois ele é o avatar  mas nos dá um exemplo que podemos seguir.

Não é blasfêmia alguma afirmar que Jesus era Deus encarnado e, ao mesmo tempo assegurar que ele veio mediante a mesma rota e rumo ao mesmo objetivo, como nós, até mesmo através da reencarnação. Vemos sinais dele no Velho Testamento e até mesmo antes disso, nos tempos da Atlântida, e o vemos sempre como aquele que chega representando o grande Salvador, aquele que converte as nossas almas e as leva de volta para Deus.

Afirmar que Jesus era um aluno dedicado significa que temos que ser igualmente dedicados, e não apenas amadores, sem buscar aqui e acolá, mas reconhecendo que o reino de Deus está dentro de nós. A luz está adiante, e aqueles que lá chegaram antes de nós, nossos irmãos e irmãs mais velhos – os mestres ascensos – estão nos guiando por cada passo do caminho. Esta é a minha missão: trazer para vocês a compreensão dos ensinamentos dos mestres ascensos.


Jesus nos oferece hoje a mesma mensagem que nos deu no Oriente e na Palestina. Ele é o nosso Senhor e Salvador,  e ninguém pode tomar o seu lugar. No entanto, todos podem segui-Lo, alcançar o reino de Deus e se tornar parte do grupo de santos vestidos de branco que vieram de todas as religiões e de todos os credos para se reunir em torno do trono de Deus. E eles são conhecidos como a Grande Fraternidade Branca.



Texto extraído do livro "Maria Madalena, o lado feminino da Divindade" de Elizabeth Clare Prophet.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

UM NOVO SENTIMENTO

Um novo sentimento, desconhecido até agora, brotou no meu coração. É um amor tão profundo e que na mesma intensidade liberta o amado para que ele viva sua experiência longe de mim.  Jamais imaginei que pudesse existir um sentimento tão puro e intenso e que aceita a distância, a falta do seu maior bem, como prova de amor.

Temos muito, muito em comum, e até mesmo algumas de nossas provas se assemelham. A busca incessante pelo encontro do tão desejado, alguns conflitos e traumas que trazemos na alma para serem dissolvidos, experiências tão familiares!

Por eu ter mais tempo por aqui, consegui me libertar de muitos traumas questionando minha alma e buscando a sua dissolução através das  ferramentas amorosas de Deus, mas ele ainda caminha com muitas incertezas. Sua alma ainda resiste diante da possibilidade de permitir que Alguém comande seu barco. Ele resiste à ideia de não ser o comandante, e assim continua tropeçando pelas pedras do caminho e andando em sigue-zague, sofrendo as dores de cada tropeção. Consequentemente, vai ficando mais resistente e instintivo, pois não confia no seu sentimento e não lhe dá chances de se mostrar pra ele possa sentir a mansidão do amor. Ele talvez não tenha consciência de que o que busca é o amor, e não uma situação confortável.

Quero muito poder ajudá-lo a se descobrir, mas ele não me dá chances, assim como não dá chances para que a vida lhe apresente as mil possibilidades  de felicidade que seu plano divino lhe destina. Quero muito abrir-lhe o coração e mostrar que a suavidade do sentimento é muito mais prazeroso do que a intensidade das suas atitudes intempestivas e que só lhe trazem mais dor. A cada movimento brusco uma resposta dolorosa. A cada destempero e desprezo, mais carma.

O medo de enfrentar os desfechos de suas investidas o faz fugir de cada situação deixando um rastro de problemas, imaginando que um caminhão de lixo vai passar e recolher o que não serve mais. Ledo engano. O acúmulo de detritos aumenta a cada dia e vai pesando em seus ombros uma carga cada vez maior de dor.

OH Deus! Permite-me ajudá-lo a encontrar o caminho do meio!  Amados Arcanjos Chamuel e Caridade, Amada Vênus, envia seu raio rosa de luz do amor pra envolver minha alma gêmea no frescor e descanso do amor eterno! Desperta-lhe a vontade de vencer pela verdade! Encoraja-o! Desejo-o livre! Livre para amar somente!

sábado, 27 de setembro de 2014

QUEM É VOCÊ?

Quem é você que surgiu de uma forma inesperada e revolucionou a minha vida? Quem é você que veio me despertar do silêncio que  aceitei como resposta às consequências das minhas escolhas? Quem é você que veio pra me trazer de volta à realidade e me mostrar a beleza da vida, a sonhar, a querer, a desejar? Quem é você?

Você veio com uma força que eu havia esquecido ou guardado, e que nos impulsiona a viver enfrentando cada instante de dor e usufruindo os momentos de alegria. Eu não sabia mais o que era sentir o coração cheio de amor. Eu não sabia mais o que era sonhar com a felicidade.

No vazio da minha vida pessoal comecei a sentir uma força brotar de uma fonte que jorrava depressa demais e que eu não sabia como lidar com ela, tanto tempo eu a havia esquecido. Acostumei-me a deixar os dias fluírem entregando-me às novidades amenas e ao gosto amargo da solidão porque tinha esquecido das delícias de um coração cheio de amor e alegria.

Quando me dei conta que minha alma renascia, pulei de alegria como uma criança que recebe o presente tão esperado do Papai Noel. Vibrei e me senti aquela criança amada que esperava pelos natais na infância. Descontrolada pela emoção não percebi que já não era uma menina, mas uma mulher que já não tinha tantas oportunidades diante daquele alguém tão jovem e cheio de vigor. Mesmo assim permiti que aquela criança que dançava dentro de mim sonhasse com um futuro, como se faz quando se é jovem. Tentei acompanhar o ritmo novo,  mas minhas pernas já não suportam tanto movimento e meu coração ansioso bateu descompassadamente  à espera de um milagre que não aconteceu.

O tempo entre esta descoberta e a visão da minha própria realidade foi curto, o  máximo que eu consegui sobreviver dentro desse sonho. E agora? Como eu posso mergulhar novamente no mar da minha vida sem esse ímpeto de frescor e colorido que me embalou por alguns meses? Como posso esquecer momentos de intensa vontade de ser e ter? Como recomeçar, ou dar continuidade aos dias sem esse arco-íris que me trouxe um pote cheio de ouro, mas quando eu estava prestes a alcançá-lo, desvaneceu-se no ar? Não sei como enfrentar tudo isso e nem como terei forças pra vencer uma solidão maior do que aquela que eu já conhecia.

Pergunto ao meu Deus: Por quê? Por que enviaste  essa luz pra despertar minha alma e não me permitiu vivê-la? Não permitiu que eu bebesse continuamente dessa fonte? Se eu precisava despertar minha alma cansada dos baques da vida, eu despertei. E agora meu Deus? Como devo agir pra não sufocar de dor com a realidade dura da minha nova solidão? Que teste foi esse? De que forma saberei se o venci ou se ele me venceu?

Meus pensamentos e sentimentos estão impregnados do sabor doce desse presente, e não sei como viver com alegria sabendo que o presente ficou só na memória, que na verdade nunca existiu!  Que foi apenas um sonho bom e que ao despertar eu estava só?
Sei que não posso me entregar novamente,  mas também não sei como viver sem ele.


Quem é você que veio me acordar no meio da noite e ao amanhecer já não estava mais ao meu lado? Quem é você? 

domingo, 17 de agosto de 2014

A ENCRUZILHADA NO CAMINHO

Em A guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas, que vem a ser um dos Manuscritos do Mar Morto, o Arcanjo Miguel é chamado de Príncipe da Luz, através de quem Deus promete “mandar ajuda perpétua para os filhos da Luz”. O Arcanjo Miguel falou da divisão do caminho que ocorre quando as forças da luz encontram as forças das trevas.

“Devemos lutar essa guerra de Armagedon. E ela será lutada na psique do indivíduo. No coração do indivíduo. No morador do umbral. É lá que o Armagedon acontecerá, e será multiplicado por todos os indivíduos do planeta.

E alguns estarão do lado das forças da luz e de nossas legiões, e seguirão o Senhor Cristo quando ele vier. E outros seguirão os seres caídos. Haverá a divisão do caminho, mas isso talvez não aconteça do jeito que os cristãos interpretam.

O Armagedon é o lugar onde vós decidis entre serdes  um ser livre em Deus ou se ireis seguir o caminho dos seres caídos...

O Armagedon está acontecendo dentro de vós neste exato momento. A maioria das pessoas tem uma divisão dentro de si, mas o morador do umbral consegue encobri-la. De modo que essa guerra nunca é travada e vencida pela alma, mas o conflito é deixado de lado. E essa guerra e a divisão interna são focos de apodrecimento dentro do corpo físico. Muitos dos vossos problemas nos corpos físico, emocional ou mesmo mental, derivam da vossa indecisão quanto às forças da Luz e das Trevas.

Por não lidardes de uma vez por todas com as questões do inconsciente permaneceis vulneráveis. Não tendes a convicção da vossa integridade,  e  portanto, aquela convicção da vossa vitória e da vossa ascensão.

Aquela integridade é o vosso objetivo. Então sereis invencíveis. Então não haverá em vós alguma parte que seja uma porta aberta para os fardos da doença, trevas, luto, desejos súbitos de ir aqui e ali por não poderdes encontrar paz. E se não podeis encontrá-la, esta é uma doença séria na vossa psicologia.

A paz precisa estar convosco. A paz que excede todo entendimento – quando tiverdes o vosso cálice cheio dela, reduzireis a vossa infelicidade e os níveis subconscientes de infelicidade. Então vos dareis conta de que Deus está onde vós estais. Não precisareis ir aqui e ali, pois o reino de Deus estará plenamente abrigado dentro de vós, e nenhum diabo,  grande ou pequeno, poderá, de forma alguma, interferir no estado de vossa mente, no vosso projeto, no vosso objetivo”.

Precisamos lutar a  batalha de Armagedon e vencê-la enquanto ainda estamos no planeta Terra. É aqui, na arena da vida e da consciência, que devemos vencer as hordas do mal e derrubar todas as opressões que criamos contra qualquer parte da vida até que sejamos receptáculos para as energias puras de Deus. Estamos vivendo em uma época em que as pessoas estão tomando decisões definitivas. Como é o homem, e tão somente ele, que cedendo à insistência dos anjos caídos dá origem à imperfeição por meio da ambição e do orgulho intelectual, é tão somente o homem quem precisa desfazer essa falsa criação, retirando as energias de Deus que ele direcionou de modo insensato.


Quem opta por esse caminho recebe uma grande recompensa. Aqueles cujo Armagedon culmina em união mística com o Eu Superior se tornam integrados com a divindade e experimentam de uma vez por todas a manifestação épica da paz – o verdadeiro Om, o verdadeiro Shalom. É pelo portal da consciência superior que cada um chega ao autoconhecimento – ao seu Eu Verdadeiro – e, ao se conhecer de verdade, conhece a Deus.  


Texto extraído do livro: Anjos caídos entre nós de Elizabeth Clare Prophet

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O QUE POSSO ESPERAR DA VIDA?

Nestes dias em que busco respostas a tantas perguntas que maltratam meu coração ferido, releio pacientemente meus textos antigos e fico surpresa diante da gigantesca luta que venho travando comigo mesma, e me pergunto mais uma vez: por que sofro tanto?

É um sofrimento constante e delirante. Tento de todas as formas conhecer-me profundamente e traduzir todos esses sentimentos para que eu possa compreendê-los e encontrar uma solução para que esse processo diminua, mas a cada dia parece que o depósito de lembranças do meu ser libera mais e mais memórias dolorosas, conflitos, mágoas, carência profunda de amor, de me sentir amada, querida, protegida.

O que exatamente eu vim fazer nesta vida? Parece-me que apenas resgatar a dignidade da minha alma, pois são tantos  conflitos que parecem intermináveis!

De repente encontrei-me com minha criança interior desejosa de se mostrar, de ser reconhecida, desejosa de VIVER e dei-lhe todas as oportunidades para que assim fosse, mas não contava com a interferência negativa do meu “destino” caprichoso que parece não querer me ver feliz.

Eu desejo tão pouco da vida; ou será muito querer o amor? Nesta altura da minha vida, com 62 anos, espero um amor que me traga aquela sensação de vida latente de volta. 
Não consigo mais me satisfazer com um “amor” tão cansado, quieto, adormecido e acomodado; desejo VIVER aquela sensação inebriante de um amor que sacode a rede de descanso e me projeta para dias mais festivos, alegres, quentes, mas a vida parece conspirar contra mim.

Olho pra frente e não consigo ver o desenho do meu  sonho e, quieta, busco rabiscar novos projetos na tentativa de que possam ser realizados.


Nesta luta incessante pela felicidade vou caminhando na esperança de vencer e finalmente sentir meu coração vibrar de emoção novamente, e para isso convoco os anjos do amor pra me abençoar.

sábado, 19 de julho de 2014

CARTA PARA DEUS

Deus,
Invoco Teu Santo Nome para pedir-lhe misericórdia pelo mundo. Perdoa-nos! Pai, olha  o que fizemos com o planeta que Tu nos deste para viver!

Tu criaste nossas almas para que  desenvolvêssemos  o amor maior, a compaixão, e tudo que fizemos até agora foi lutar para que nossos conceitos humanos fossem vitoriosos. Esquecemos nossa origem divina e nos jogamos no precipício da dor pelas nossas escolhas equivocadas.

As religiões combinaram palavras desconexas para que não soubéssemos reconhecer o caminho da vitória e chegamos num ponto em que parece não haver saída. 

A busca incessante do homem pelo poder, transformou-o numa máquina insensível e miserável incapaz de olhar seu semelhante como irmão, destruindo milhões de vidas humanas.

Guerras absurdas levando como estandarte o Teu Nome  sacrificam vidas com tanta crueldade que perplexos  nos perguntamos: Quem são esses? Homens filhos de Deus? Não!

Ao buscarmos inspiração na história do mundo  registrada em letras de fogo no Livro dos livros, nos deparamos com a verdade que nos faz corar de vergonha diante de nossos próprios pensamentos por não termos percebido a Tua grandeza e permitido que nossos erros se acumulassem de tal forma que pesasse sobre o planeta como chumbo. E lá está escrito o que vivemos neste momento crucial de nossas vidas.  Basta ler com atenção para identificarmos os acontecimentos atuais registrados há milhares de anos.

Nações pacíficas  como o meu Brasil, profetizada como o berço da Nova Era, entregue nas mãos de seres absolutamente incapazes de algum sentimento nobre,  e o nosso povo, dividido, lutando para despertar seus irmãos  adormecidos, anestesiados pela mentira e a ilusão.

O que podemos fazer para reverter esse caos em harmonia? Como podemos ajudá-Lo na tarefa de despertar os que vivem no mundo de maya? Pai, temos pressa. Os acontecimentos sinistros batem à nossa porta e devemos estar prontos para vencer a batalha do BEM contra o MAL.

Envia-nos Teus exércitos de anjos comandados pelo Comandante Miguel, este sim levando o Teu brasão divino, para expulsarmos esses impostores do nosso mundo. Fortalecei e iluminai os homens de bem conduzindo-os  para a vitória. Riscai os céus com a luz das estrelas  para que possamos identificar o caminho.


Guarda-nos na Tua Luz e Sabedoria.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

DESAFIOS

A cada dia, quando o Sol nos desperta para um novo começo, recebemos também o pacote de provas para o nosso aprendizado e  temos que lutar para nos superar em busca da vitória. De nossas escolhas de hoje depende o peso do que terei que resolver amanhã.

Assim, muitas vezes nos deparamos com problemas que não sabemos como resolver, pois as situações se apresentam sem bula e corremos o risco de mais uma vez nos enganarmos nas soluções.

Como podemos nos sentir seguros quando estamos no centro de um rodamoinho de emoções e temos que tomar alguma decisão que nos leve a caminhos mais leves no futuro? Difícil saber.

Nada existe no mundo  sem sua contrapartida, e assim, além dos nossos desacertos precisamos também tentar compreender as atitudes daqueles que compartilham conosco esses momentos de dúvidas e ansiedade. Talvez esta seja a parte mais complicada porque não conseguimos, muitas vezes, compreender as atitudes que não colaboram com a solução dos problemas. Entendo que somos personalidades distintas e por isso mesmo cada um vive um momento diferente de compreensão, e precisamos trabalhar para aceitar decisões alheias que afetam nossas vidas de uma maneira profunda, muitas vezes  sem trazer solução nenhuma.

Outro grande problema que enfrentamos nesse caso é quando a pessoa que está do outro lado ignora os fatos largando-nos com os dois lados da questão. Tenho aprendido que quanto mais adiamos as soluções definitivas conscientes, mais nos prendemos neste mundo de ilusão.

A coragem é a arma necessária e imprescindível para vencermos nossos testes não deixando que o medo nos limite, nos aprisione no tempo e no espaço. Precisamos encarar as pessoas nos olhos e enfrentarmos os sentimentos que nos pareçam perigosos para podermos enxergar a imagem real de cada um e vencermos cada etapa não deixando nada pra traz.

Não importa o tamanho do erro que cometemos, sempre devemos enfrentar as circunstâncias com o propósito de encontrar a solução e não para postergá-las.  Com certeza nossos problemas ficariam mais leves.


quinta-feira, 3 de julho de 2014

O RESGATE DE MIM MESMA

Onde eu estive por tanto tempo? Como não me dei conta de que eu não estava aqui? Durante tanto tempo vivi como uma segunda pessoa, disposta apenas a viver e encarar os desafios que a vida me trazia, na tentativa desesperada de vencer os obstáculos e poder chegar a algum lugar. Mas pra onde tudo isso me levou? Para o mais fundo de mim mesma, onde nem eu  sabia onde.

Tudo começou tão bem,  e assim durou por um tempo até que de uma hora pra outra uma avalanche veio me tirar do eixo, me deixar suspensa no ar. O chão que me sustentava desapareceu, como me foi mostrado em sonho. Um sonho tão nítido e  tenebroso  que virou realidade e nele eu vivi durante muito tempo.

Minha busca  por um chão firme e seguro durou anos.  O tempo passou e nada mudava. Deixei de sonhar. Habituei-me à solidão. A cada dia uma nova dor assaltava meu coração cansado até que num belo dia uma luz apareceu no fim do túnel.

Que luz era aquela? Por que ela se apresentava depois de tanto tempo? O que ela significava? O que o meu plano divino marcava nas entrelinhas como surpresa pra mim? Seria mesmo uma surpresa boa ou mais um desafio doloroso a vencer? Mas era luz! Por que eu temi aquela luz? Eu precisava ter coragem para compreender, e então de repente olhei-me no espelho da minha alma e vi uma figura conhecida,  mas praticamente esquecida, e chorei. Chorei muito porque aquela imagem era eu mesma!  O que eu tinha feito de mim? Por que sofri tanto tempo sendo que eu estava tão próxima? Por que nunca me ocorreu a ideia de buscar a mim mesma lá dentro de mim? Medo? Com certeza me protegi  por tempo demasiado,  pois imaginava que nada mais seria como eu tinha planejado. Foi muita dor. Enfrentei uma verdade  cruel mas que finalmente  me libertou.

Permiti que aquela imagem ressurgisse e se tornasse real novamente. Senti o chão firme sustentando meu ser;   o ar suave trouxe uma brisa que preencheu minha alma de esperança. Vivi aquele momento  com alegria para comemorar o  reencontro  com a minha verdadeira identidade.

Quando me olhei no espelho de cristal senti uma ponta de desesperança 
 pois o tempo tinha passado, mas me agarrei com todas as forças na  realidade para poder seguir em frente.


Não sei onde tudo isso pode me levar, mas não tenho medo. Quero viver, sentir o gosto doce da vida e me deixar embalar por ela enquanto durar. Reencontrei-me.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O ORGULHO

Destacamos a muralha do orgulho como a perversão do tubo de luz, como a Torre de Babel que o homem ergue enquanto se senta na roda dos escarnecedores. Incapaz de reconhecer a Deus como o fazedor, incapaz de pedir a Sua ajuda ou de dar-Lhe a glória pelas realizações criativas, ele se mantém em competição com o SENHOR. Ao preferir a própria exclusividade, ele vai construindo a própria cidadela de poder, independentemente do Poder Superior e dos fatores controladores da Lei. Move os seus peões no tabuleiro de xadrez da sua existência egocêntrica, não pelo domínio de Deus e livre-arbítrio ligado ao Divino, mas por meio de astúcia, traição e intriga. Aceita a oferta do pai das mentiras, que o leva para uma montanha muita alta e lhe mostra a glória de todos os reinos do mundo, e diz: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. Assim, o homem emprega mal a sua fidelidade, e desiste não só da herança divina e da vida abundante, como também da proteção da sua alma com a luz da retidão e da verdade concedida pelo SENHOR de tudo que é Real.

A parede do orgulho é a parede do meio, a da separação, que o homem ergue entre a alma e o Cristo Pessoal, bloqueando assim o fluxo de Luz que vai da Presença Divina para o cadinho da percepção em evolução da alma, e ao mesmo tempo, interrompendo a fluxo de amor de coração a coração, no intercâmbio da verdadeira fraternidade. Assim, afasta-se cada vez mais do centro do objetivo cósmico e entra na zona sombria da não realização criativa.


O homem deve ser um condutor do fluxo de energia divina; quando interrompe os ciclos do fluxo do amor, entupindo os poros do seu ser com os rituais do ódio, não realiza mais a sua razão de ser. Confirmado nos claustros do medo humano, disfarçado de muitas formas, sente-se a salvo. Está “seguro”, o trauma do mundo não pode alcançá-lo. É verdade que nada flui para dentro, mas também nada flui para fora. O homem existe, então, na poça estagnada das suas reflexões farisaicas, o cálice do coração inativo, a chama apertada na parede interna, presa do terror da solidão.

Trecho extraído do livro: A Senda do Crescimento Pessoal II de  Mark e Elizabeth Clare Prophet

domingo, 27 de abril de 2014

A REENCARNAÇÃO NOS PRIMÓRDIOS DO CRISTIANISMO

Toda alma vem para este mundo
Fortalecida pelas vitórias ou enfraquecida pelas
Derrotas de suas vidas passadas.
Orígenes de Alexandria, Patriarca da Igreja



É possível ser cristão e acreditar na reencarnação? Hoje, a maioria das religiões responderia “não” a esta pergunta. Mas isso não ocorria no século II.

O cristianismo antigo era extremamente diferente. Durante os três primeiros séculos dessa nova religião, a comunidade cristã era composta de numerosas seitas, incluindo muitos grupos hoje coletivamente conhecidos como gnósticos. Os gnósticos afirmam possuir uma doutrina avançada que lhes foi passada secretamente por Jesus por meio de seus discípulos mais próximos. Mesmo entre os gnósticos havia diferenças de crenças e práticas. Alguns eram absolutamente ascéticos; outros foram acusados de serem moralmente licenciosos. Alguns eram celibatários, outros, não. Entretanto,  compartilhavam algumas crenças.

Acreditavam que os meios para a salvação não se resumiam simplesmente à fé, como clamava o contingente ortodoxo emergente, mas à gnósis – palavra grega que significa “conhecimento” ou “familiaridade”. Os gnósticos enfatizavam o conhecimento e a experiência pessoal do Divino. Acreditavam que a busca do autoconhecimento levaria à reintegração com o Eu Divino, a essência da nossa Identidade. Para eles, carma e reencarnação criavam o contexto para essa união mística.

No texto gnóstico conhecido como Evangelho de Tomé, escrito provavelmente no final do século II, Jesus ensina que após a morte alguns permanecerão absorvidos “nos seus interesses da vida” e “serão trazidos de volta aos reinos visíveis”. Ao final dessa obra Jesus diz: “Vigiai e orai para que não necessiteis nascer na carne, mas para que possais deixar o amargo cativeiro desta vida”. Em outras palavras, ore para não renascer na Terra, mas para retornar aos reinos mais elevados.

Em outro texto gnóstico, Pistis Sophia , escrito provavelmente no século III, Jesus descreve várias consequências cármicas das atitudes tomadas em vidas anteriores. Ele diz que uma pessoa será “mandada de volta ao mundo, conforme o tipo de pecados que houver cometido”. Uma pessoa que blasfema, por exemplo, terá o coração continuamente em sofrimento. A alma do “arrogante e presunçoso” será lançada “em um corpo imperfeito e deformado para que todos o menosprezem persistentemente”. Uma pessoa que não pecou, mas que ainda não recebeu os mistérios do mundo espiritual, será colocada em um corpo que a tornará capaz de “encontrar os sinais dos mistérios da luz e herdar o reino da luz, para sempre”.

Alguns gnósticos, nos séculos II e III muitos cristãos proeminentes aceitavam a reencarnação. Diz-se de Clemente de Alexandria, um professor cristão que dirigiu a escola de catequese da Igreja de Alexandria, foi um deles. Seu sucessor, Orígenes de Alexandria, patriarca da Igreja e o mais influente teólogo da Igreja católica, acreditava na preexistência da alma, ou até mesmo na reencanação.

Em On First Principles, Orígenes explica que às almas são designados “locais, regiões ou condições”, com base em suas ações “antes da vida atual”. Deus “organizou o universo sob o princípio da mais imparcial retribuição”, ele nos conta. Deus não criou “com qualquer favoritismo” mas deu às almas corpos “de acordo com o pecado de cada um”.

Orígenes pergunta: “Se as almas não preexistem, por que encontramos cegos de nascença que não cometeram pecado enquanto outros nascem sem nada de errado? Ele próprio responde a pergunta: “Está claro que certos pecados existiram ou seja, foram cometidos antes de as almas se unirem aos corpos e, como resultado desses pecados, a cada alma foi dada uma punição proporcional à sua falha. Em outras palavras, o destino das pessoas baseia-se em ações passadas.

A crença de Orígenes na preexistência da alma sugere a reencarnação. Por isso seus seguidores e seus ensinamentos foram atacados no controvertido fogo cruzado do cânon eclesiástico. Três séculos após a morte de Orígenes, o imperador bizantino Justiniano proclamou-o herético. Instigado pelo imperador, o Conselho da Igreja lançou um anátema (maldição) contra o ensinamento de Orígenes sobre a preexistência da alma. Os monges seguidores de Orígenes foram expulsos e os textos escritos por ele, destruídos.

Uma vez que não existem registros documentando a aprovação papal dos anátemas, estudiosos questionam, hoje, sua legitimidade. Mas a ação do Conselho, aceita pela Igreja na prática, tornou a reencarnação incompatível com o cristianismo. Entre os séculos III e VI, as autoridades da Igreja e do Estado gradualmente rejeitaram os cristãos que acreditavam na reencarnação, banindo e, finalmente, destruindo seus manuscritos.

De tempos em tempos, a crença na reencarnação ressurge de forma persistente. No século VII, com os paulicianos, e no século X, com os bogomilianos, ela chegou às áreas onde hoje estão a Bósnia e a Bulgária. A crença na reencarnação apareceu na França e na Itália medievais, onde foi criado o núcleo da seita cátara.

A temível Inquisição foi estabelecida originalmente no século III para combater os cátaros, também conhecidos como albigenses. No final, a Igreja ganhou a batalha ao deflagrar uma cruzada seguida de uma campanha brutal da inquisição, tortura e queima de pessoas em fogueiras.

Naquele ponto, a crença na reencarnação buscou a clandestinidade. Durante o século XIX, foi mantida viva nas tradições secretas dos alquimistas, rosa-cruzes, cabalistas, herméticos e maçons. A reencarnação continuou fazendo adeptos na Igreja. Na Polônia do século XIX, por exemplo, um arcebispo católico, Monsenhor Passavalli (1820 – 1897), inseriu a reencarnação em sua fé e adotou-a abertamente.  Ele influenciou outros padres poloneses e italianos que também adotaram a reencarnação.


Texto extraído do livro: Carma e Reencarnação de Elizabeth Clare Prophet

sábado, 12 de abril de 2014

"O crisol é para a prata e o forno é para o ouro: mas o Senhor prova os corações".

Recebi esse texto de um grande amigo, Paulo Rodrigues Simões,  e compartilho-o com todos vocês.

O CRISOL É PARA A PRATA
Estava aqui lendo O LIVRO "consciência cósmica" e uma frase me fez procurar seu significado na internet.
"O crisol é para a prata e o forno é para o ouro: mas o Senhor prova os corações".
O livro fala de outros significados desse ensinamento. Fala dos ciclos cósmicos. Fala que "o ouro constitui o foco das energias de alfa e a prata o repositório das frequências de ômega. E o Senhor Cristo que prova os corações é o Cristo Pessoal individual" pág. 106, capítulo 7 - consciência cósmica: um homem em busca de união com Deus, de Elizabeth Clare Prophet.
Encontrei então, uma linda mensagem em um blog de uma menina de BH:
(...) Aprendi o que é Crisol quando participando de um seminário para jovens o pastor pediu que abríssemos a bíblia no Salmo 66. Naquele momento percebi também que eu até então lia a bíblia superficialmente, sem me ater aos detalhes... Deixando passar a sutileza de Deus que fala através das pequenas coisas. Já havia lido o mesmo salmo diversas vezes! Mas nunca daquela maneira...
O Salmista começa entoando um lindo cântico de louvor pelas grandes obras do Senhor! Até cita algumas detalhadamente, convidando todos os povos a bendizerem o nome santo do nosso Deus! Até que no verso 10 ele diz: “Pois tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como se acrisola a prata.”.
Essa foi justamente a passagem usada pelo pastor naquele culto que mudou a história da minha vida. A prata é um metal lindo. Mas como todo metal, ela precisa ser lapidada para que tenha algum valor comercial.
Porém, o processo de lapidação da prata é diferente e de tão interessante é citado pelo salmista como estratégia de Deus para lidar com seu povo. Mas para percebermos a grandeza de tudo isso é necessário compreendermos como se dá esse processo.
Contemplando uma pedra bruta de prata, o artífice se vê diante de um grande desafio: fazer com que aquela pedra aparentemente sem nenhuma beleza e valor, torne-se uma jóia rara, delicada e preciosa.
Eu já havia comentado que toda mudança causa dor, certo? E no caso dessa transformação não é diferente!
Para conseguir alcançar seu objetivo, o artífice tem que colocar a pedra bruta de prata no Crisol, submetendo-a a altíssimas temperaturas.
Mas não é só isso. O artífice tem que permanecer bem junto ao Crisol durante todo o processo, mudando a pedra manualmente de posição de tempos em tempos para retirar dela por completo todas as impurezas.
Se ele se descuidar por um só momento, o fogo rapidamente consome a pedra, inutilizando assim todo trabalho.
Por isso, a presença do artífice é fundamental até a conclusão do demorado processo.  E ali, pacientemente, ele vai sentindo o calor quase insuportável do fogo em seu rosto, a dor pelo esforço físico repetitivo, a ansiedade para ver o resultado... Tudo isso sem perder a concentração, prestando atenção nos mínimos detalhes do seu minucioso labor.
Enquanto que a pedra bruta de prata é exposta diretamente ao fogo alto permitindo que sejam queimadas todas as suas vértices, deixando que o artífice a purifique de todas as suas impurezas...
Nesse tempo, o artífice tem uma relação de intimidade com aquela pedra. De tão próximos que ficam, ele passa a conhecer todos os lados dela, todas as sujeiras até a mínima que seja, todos as deformidades e imperfeições.
Ela por sua vez, confia plenamente nele e no seu zeloso trabalho.
E essa cumplicidade, esse companheirismo, essa parceria entre o artífice e sua pedra vão crescendo até que o processo chega ao fim.
Resta-nos apenas tentar entender como o artífice sabe que o processo chegou ao fim. Será por sua incrível sensibilidade? Será apenas pela experiência que os anos de trabalho lhe deram?
Não... Na verdade a obra terminada dá um sinal ao artífice... E é exatamente aqui que Deus sutilmente vem trazendo toda a preciosidade de seus ensinamentos. É aqui que o processo de acrisolamento da prata funde-se com o processo de implantação do caráter de Deus em cada um de nós.
O artífice sabe quando a prata deixou de ser apenas uma pedra bruta para torna-se uma joia rara, quando vê nitidamente o seu rosto refletido nela.
Acho que eu poderia terminar esse texto por aqui e vocês já entenderiam perfeitamente a verdade celestial inserida nesse contexto. Mas quero contar a vocês o que essa verdade fez com minha vida.
Naquele culto eu entendi que sou uma pedra bruta de prata. Todos somos!
E estamos nas mãos do GRANDE ARTÍFICE...
Resta a nós apenas a decisão de nos deixar lapidar, transformar, regenerar, purificar pelo próprio Deus.
Para isso necessitamos de muita coragem para enfrentar a dor das altas temperaturas, garra para vencer o sofrimento e o incômodo da retirada daquilo que não presta, confiança no AUTOR da obra e, fé para crer que sairemos melhores, muito melhores do Crisol de Deus.
Foi por isso que decidi que o Crisol é meu lugar eterno. Porque, enquanto eu viver, quero refletir a face do Meu Deus no mundo! Quero fazer a diferença. Quero permitir que o Senhor demonstre suas obras através da minha vida, quero ser resposta de Deus para as orações de muitos.
Quero sentir a verdadeira paz de ser pedra bruta nas mãos do meu Deus. Sim paz! Porque enquanto é o próprio Senhor nos manuseando com suas mãos poderosas, nos cozendo no fogo do seu Espírito, nos fragmentando com a espada da sua palavra, estamos em paz, porque é com amor que ELE nos faz passar por tudo isso. E é por amor que ELE passa tudo isso conosco.
Eu quero atravessar esse processo com intensidade na minha vida! Quero transpor todas as etapas! Só para depois poder viver a real essência de ser PRATA. PRATA reluzente que reflete a luz do alto, que tem a beleza do alto, que tem o caráter do alto.
Portanto, declarar sempre que estou “No Crisol” não é apenas usar uma frase de efeito. Nem é um hábito intencional para despertar a curiosidade das pessoas. Estar No Crisol é adotar um novo estilo de vida. É fazer uma ousada escolha. É tomar uma importante decisão.
E eu estou lá, "NO CRISOL". E vou permanecer. Pois é nesse lugar que eu quero, que eu preciso estar. Para sempre! (...)
Este texto me tocou profundamente. Especialmente por ser mulher e buscar com todo meu coração essa semelhança com a Presença Ômega do Ser. Fui correndo na internet entender como ser ômega, e recebi esse presente maravilhoso.
Agradeço que tenha lido até o final.

Vitória Sempre na Luz!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SANTO AGOSTINHO

Santo Agostinho descreve de forma pungente nas suas `Confissões`, os momentos preciosos em que sua alma contatou o Espírito do Senhor.

“Retirei-me, não sei como, para debaixo duma figueira, e larguei as rédeas ao choro.
Prorromperam em rios de lágrimas os meus olhos. Este sacrifício era-Vos agradável. Dirigi-Vos muitas perguntas, não por estas mesmas palavras, mas por outras do mesmo teor: ‘E Vós, Senhor, até quando? Até quando continuareis irritado? Não vos lembreis dessas minhas antigas iniquidades’. Sentia ainda que elas me prendiam. Soltava gritos lamentosos. ‘Por quanto tempo, por quanto tempo andarei a clamar: Amanhã, amanhã?  Por que não há de ser agora?  Por que o termo das minhas torpezas não há de vir já nesta hora?’

Assim falava e chorava oprimido pela mais amarga dor do coração. Eis que, de súbito, ouço uma voz da casa próxima. Não sei se era de menino ou menina. Cantava e repetia frequentes vezes:  ‘Toma e lê, toma e lê’.

Imediatamente mudando de semblante, comecei com a máxima atenção a considerar se as crianças tinham ou não o costume de trautear essa canção em algum dos jogos. Vendo que em parte nenhuma a tinha ouvido, reprimi meu ímpeto das lágrimas, e levantei-me, persuadindo-me de que Deus só  me mandava uma coisa: abrir o códice e ler, e ler o primeiro capítulo que encontrasse. Tinha ouvido que Antão, assistindo, por acaso, a uma leitura do Evangelho, fora por ela advertido, como se esta passagem que se lia lhe fosse dirigida pessoalmente: ‘Vai, vende tudo o que possuis, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu, depois vem e segue-Me’. Com este oráculo se converteu a Vós.

Abalado, voltei aonde Alípio estava sentado, pois eu tinha aí colocado o livro das Epístolas do Apóstolo, quando de lá me levantei. Agarrei-o, abri-o e li em silêncio o primeiro capítulo em que pus os olhos: ‘Não caminheis em glutonarias e embriaguez, nem em desonestidade e dissoluções, nem em contendas e rixas; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis a satisfação da carne com seus apetites’.

Não  quis ler mais, nem era necessário.Apenas acabei de ler estas frases, penetrou-me no coração uma espécie de luz serena, e todas as trevas da dúvida fugiram”.


Trecho extraído do livro A SENDA DO CRESCIMENTO PESSOAL de Mark e Elizabeth Clare Prophet.

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