Nestes
dias em que busco respostas a tantas perguntas que maltratam meu coração
ferido, releio pacientemente meus textos antigos e fico surpresa diante da
gigantesca luta que venho travando comigo mesma, e me pergunto mais uma vez:
por que sofro tanto?
É um
sofrimento constante e delirante. Tento de todas as formas conhecer-me
profundamente e traduzir todos esses sentimentos para que eu possa
compreendê-los e encontrar uma solução para que esse processo diminua, mas a
cada dia parece que o depósito de lembranças do meu ser libera mais e mais
memórias dolorosas, conflitos, mágoas, carência profunda de amor, de me sentir
amada, querida, protegida.
O que
exatamente eu vim fazer nesta vida? Parece-me que
apenas resgatar a dignidade da minha alma, pois são tantos conflitos que parecem intermináveis!
De
repente encontrei-me com minha criança interior desejosa de se mostrar, de ser
reconhecida, desejosa de VIVER e dei-lhe todas as oportunidades para que assim
fosse, mas não contava com a interferência negativa do meu “destino” caprichoso
que parece não querer me ver feliz.
Eu
desejo tão pouco da vida; ou será muito querer o amor? Nesta altura da minha vida,
com 62 anos, espero um amor que me traga aquela sensação de vida latente de
volta.
Não consigo mais me satisfazer com um “amor” tão cansado, quieto,
adormecido e acomodado; desejo VIVER aquela sensação inebriante de um amor que
sacode a rede de descanso e me projeta para dias mais festivos, alegres, quentes,
mas a vida parece conspirar contra mim.
Olho
pra frente e não consigo ver o desenho do meu sonho e, quieta, busco rabiscar novos projetos
na tentativa de que possam ser realizados.
Nesta
luta incessante pela felicidade vou caminhando na esperança de vencer e
finalmente sentir meu coração vibrar de emoção novamente, e para isso convoco
os anjos do amor pra me abençoar.
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