Este ensinamento vem em boa hora. Muito tenho
me questionado sobre a relação da minha atividade política com as orientações
da minha religião. Sinto um conflito que desejava esclarecer, pois somos
orientados a lutar pelo que consideramos DIREITO, de forma mais religiosa e
menos pública e agressiva. Ensinam-nos a lutar com orações pedindo à Deus que
aja em defesa dos necessitados, desmascarando a mentira, destronando os
poderosos que só visam seu próprio bem estar em detrimento do povo; pedindo por
justiça; dando ordens aos seus mensageiros para libertar o povo da opressão dos
governos tiranos e invocar o poder de Deus para atuar em nossa defesa
obedecendo assim a orientação do ““E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho.” João 14.13 etc.
etc., mas ao mesmo tempo que faço isso com todo o poder do meu coração, há uma
força imperiosa dentro de mim que comanda uma atitude mais física, mais real
para poder atingir objetivos práticos, que é ajudar esse processo solicitado à
Deus.
Aprendemos que existe o reino dos céus (Pai)
e o reino da matéria (Mãe). A lei da comensurabilidade (assim no alto como
embaixo). O intercâmbio entre o que está em cima com o que está embaixo através
da elevação da energia da Kundalini alcançando a energia do Pai e descendo repolarizada
para a base. Esse movimento mostra-nos a necessidade de pedir, invocar a
atuação divina para se manifestar na matéria. Nós somos matéria e espírito, mas
só desenvolvemos a espiritualidade na matéria. Isto significa que precisamos “orar
e vigiar” para que a vontade
de Deus se faça. Orar = pedir e vigiar = manter o campo arado, limpo. Em nossa
vida aqui neste plano precisamos manter nosso coração como ponto de equilíbrio
entre Deus Pai e Mãe, buscando receber as instruções paternas e direcioná-las
na manifestação física da vida.
Em Marcos, 11:15-19 está escrito:
O fenômeno da purificação do templo
mostra um combate aberto entre a sinceridade e a hipocrisia. Diz o
evangelista:
“E foram para Jerusalém. Entrando ele
no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derrubou as mesas
dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém
conduzisse qualquer utensílio pelo templo; também lhes ensinava e dizia:
‘Não está escrito que a minha casa será chamada de casa de oração para todas as
nações? Vocês, porém, a transformaram em covil de salteadores’. E
os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um
modo de lhe tirar a vida, porque toda a multidão se maravilhava da sua
doutrina. Ao chegar a tarde, saíram da cidade.”
É interessante
observar que Jesus não usa meias palavras. Ele diz que o templo foi
transformado em nada menos que um “covil de salteadores”.
Substituo aqui o templo destinado às orações pelos governos das nações,
ou precisamente da minha nação, pois é aí que se determina o destino dos homens,
onde as leis são criadas para trazer ordem e progresso a um povo; onde os
políticos eleitos democraticamente deveriam trabalhar pelo bem de todos, e o
que se vê é um covil de salteadores que
permanecem impunes e imunes devido a ignorância e o desconhecimento de suas
verdadeiras intenções por uma parcela do povo. Considero essencial que as
verdades sejam mostradas para que aqueles que se dispõem a ler essas notícias,
sejam despertados do torpor da ilusão que empana a verdade transformando
milhões de pessoas em cegos conduzidos por cegos.
Lembrando de outro ensinamento dado por Jesus: “Daí a César o que é de César, e
a Deus o que é Deus”, entendo
que o meu conflito interior deve ser apaziguado, pois ao pedir à Deus que dê
ordens para que a harmonia se manifeste em nosso governo ao mesmo tempo em que
utilizo as armas da comunicação para mostrar o erro, estou obedecendo a este
preceito.
Em Mt 23: 24-26 vemos:
É interessante observar que Jesus não
usa meias palavras. Ele diz que o templo foi transformado em nada menos que um
“covil de salteadores”. Assim, os mais notáveis sacerdotes passam a tramar sua
morte. A conclusão, para nós – aprendizes da sabedoria antiga – é que o caminho
espiritual é perigoso. Esse caminho estreito e difícil requer coragem,
desapego e determinação.
Por isso a metáfora do caminhante
espiritual como um guerreiro faz todo sentido do ponto de vista da filosofia
esotérica.
A encenação teatral da amabilidade e
a necessidade de satisfazer as expectativas alheias a qualquer custo
também provoca uma incapacidade de tomar decisões.
Por falta de convicção própria,
muita gente empurra a vida com a barriga, posterga e evita a escolha de um rumo
próprio. Essas pessoas avançam ou recuam de acordo com a maré, como
barcos sem leme, ou como barcos em que não há ninguém ao leme.
Sobre a necessidade de fazer opções
claras, Jesus afirma:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um
e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Vocês não podem
servir a Deus e às riquezas.” (Mt 6: 24)
Por outro lado recebemos o ensinamento de que devemos nos sintonizar com
o bem, o bom e o belo, isto é, devemos manter em nossa mente a visão imaculada
daquilo que desejamos mudar e nunca dar poder ao erro apontando-o
constantemente. Concordo plenamente com este preceito, mentalizando sempre um
Brasil próspero, justo e envolto no poder divino, mas também entendo que para
alcançar esse nível de evolução precisamos limpar o nosso solo da escória a que
está submetido, e uma das formas de luta é insistir na divulgação do que deve
ser mudado.
O Apocalipse também condena
fortemente a indecisão, porque ela impede o avanço ao longo do caminho. A consciência
divina dirige essas palavras ao anjo de uma
determinada igreja:
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera
fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem
frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” (Ap. 3:16)
Em seguida o autor do
Apocalipse justifica sua linguagem dura. Ele nos dá um exemplo vivo da antiga e
sábia tradição segundo a qual um verdadeiro mestre – ou um verdadeiro irmão –
não fica preso a palavras externamente amáveis, mas, ao contrário, atua
com rigor e sinceridade:
“Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e
arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e
abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo. ” (Ap 3:
19)
“Casa”, aqui, simboliza “alma”,
consciência. A voz do espírito bate à porta da consciência do aprendiz.
Todas as mensagens cifradas precisam ser compreendidas à luz da
atualidade. Traduzirmos as mensagens de sabedoria do amado Jesus colocando-as
em prática em nossa vida diária e lutando dentro dos preceitos cristãos e da
harmonia divina colaborando com as ações de Deus Pai que nos abençoa com as
oportunidades de trabalho em prol de cada um de nós e do planeta como um todo.
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