terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A VIDA, A MORTE, O AMOR


A morte tornou-se um acontecimento corriqueiro em nossos dias. Mortes violentas, trágicas, que abalam a estrutura emocional dos que ficam. Há um tempo para chorar, mas certas pessoas não conseguem superar a dor, e sofrem por anos, e anos...

Eu conheço a dor do luto. Às vezes parece rasgar o coração. Pensamos estar passando por um sonho mau, um pesadelo, mas vemos que estamos despertos, e que aquilo aconteceu realmente. Vem a tristeza, a revolta, as dúvidas...

Por quê? Por quê?

Este questionamento nos faz partir em busca da compreensão da nossa verdadeira realidade. Para onde foram nossos entes queridos? Para onde iremos quando chegar a nossa hora? Por que estamos aqui?

O tempo passa e cicatriza as feridas da alma, da dor, do luto. O tempo ensina muita coisa! O tempo que Deus criou neste plano e que não existe em outras esferas...

O tempo que passamos aqui no plano físico é ínfimo comparado à longa existência da alma. Todos sabem que estamos aqui de passagem, mas parecem não internalizar, não compreender ou não aceitar este conceito. A partida é tão natural como a chegada. Começo, meio e fim...

Quem está de passagem, está de viagem, sendo assim, não perdemos nossos entes queridos, eles apenas regressaram antes de nós. Alguns vieram para ficar pouco tempo aqui, este era o plano. Um dia os encontraremos novamente.

A hora da partida é desígnio divino e não existe acaso. Nenhuma folha de árvore cai sem o conhecimento de Deus; os grãos de areia e as estrelas do céu são contados.

Então existe um destino pré-estabelecido? Não, nós podemos sim, vencer a morte, mas não na hora que ela se apresenta; precisamos fazer esta conquista antes.

O nosso conceito sobre a morte, a vida e o amor, deve expandir-se. Não existe morte, mas sim, uma continuidade de vida em diferentes planos. Deixar o corpo físico é o mesmo que tirar um casaco e partir de volta para o nosso lugar de origem, com outra vestimenta bem mais leve.

E o amor? Como é estreito e egoísta o sentimento de amor humano. Um amor possessivo que só ama o que lhe pertence. Os meuspais, os meus filhos, o meu cônjuge, os meus amigos.

O sentimento de amor deve tornar-se impessoal, capaz de amar a vida, a humanidade. Não vale a pena dedicar toda esta grandiosa oportunidade de vida para amar apenas uma pessoa, ou um pequeno núcleo.

Isso é muito pouco... muito estreito... A nossa família espiritual é muito grande e está espalhada pelo mundo inteiro; nós temos irmãos, filhos e pais por toda a parte; e sempre há algum próximo.

O significado da vida é aprender a amar incondicionalmente. Precisamos desenvolver a compreensão e a compaixão por todos os seres vivos. Precisamos abrir o nosso chakra do coração, quebrar as durezas e o muro do egocentrismo que nos separa da essência de puro amor, que é o nosso verdadeiro eu.

Procurando o significado da vida e da morte podemos encontrar o amor. O amor que nem a vida e nem a morte podem nos tirar, porque ele seguirá sempre conosco.

Vamos fazer uma analogia para expressar melhor o conceito da existência da alma, da viagem da alma.

Imagine que você está só, num morro, contemplando a natureza, e tem uma câmera fotográfica à mão. A sua frente está a imensidão do oceano. Dos lados e atrás, quando se volta, você vê montanhas grandiosas. Aos seus pés a relva é um tapete florido. Extasiado e cheio de emoção, você contempla 360 graus de beleza indescritível. E você pensa: vou tirar uma foto, para mostrar aos meus amigos. Assim que focaliza a câmera você observa que é uma tarefa impossível. A foto mostraria apenas um quadradinho, um pedacinho daquela imensidão. Vendo a foto ninguém poderia ter a menor ideia da paisagem grandiosa que você contemplava em toda a sua volta.

Exatamente assim é a vida. O período que vivemos aqui na Terra, seja de trinta, cinquenta, ou noventa anos, é apenas um pedacinho, se comparado à grandiosa existência da alma.

Vejam como o amado El Morya, em sua encarnação como Tomas More, encarava a morte:

Quando Thomas More estava no cadafalso, voltou-se para o carrasco e disse: “faça bem o seu trabalho meu amigo, você está mandando um homem para Deus”.

Maria Lúcia Vieira.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vencendo as trevas


É muito comum no mundo em que vivemos, com tantas tribulações, preocupações com a sobrevivência, dinheiro curto, conflitos familiares, economia pessoal e planetária, saúde e doença, realizações de projetos, etc etc., sentirmo-nos esgotados e fatigados a ponto de perdermos a esperança e o ânimo para enfrentar tantos desafios. Juntando-se a isso desce o carma, muitas vezes com muita força, em busca de solução para a nossa libertação dos erros do passado. Como lidar com tudo isso? A quem recorrer? O conflito interior mediante tantos desafios leva-nos ao ponto esperado pelas forças do anticristo, que se aproveitam da nossa fragilidade para jogar uma pá de cal sobre a nossa tão enfraquecida vitalidade, “inspirando-nos a um desalento cada vez mais profundo”. Por que chegamos a esse ponto? Como reagir? Onde buscar a corda de salvação para nossas almas enfraquecidas?

O estrago já foi feito por nós ontem, e continua hoje, mas podemos reverter esta situação ao nos ampararmos na única força capaz de nos salvar: o nosso Cristo interior.

Essa batalha gigantesca tem seu ponto fraco e precisamos atingi-lo através do conhecimento dos mistérios da vida. Os Mestres ascensos presentearam os filhos de Deus encarnados aqui na terra com a revelação desses mistérios e eles estão à nossa disposição para nos libertar do jugo de nossa ignorância do passado. Ao travarmos conhecimento com essas revelações, encontramos o ponto de origem do nosso sofrimento e também a “Porta” aberta que revela o caminho de volta à paz.

No texto do livro “Estratégias da Luz e das Trevas 31”, conhecemos uma das formas usadas pelos caídos para nos enfraquecer, fortalecendo-os. Para vencermos essa luta dentro desta batalha gigantesca, precisamos conhecer a nossa psicologia e com coragem enfrentarmos as sombras existentes em nosso corpo da memória, que estão à espera da libertação.

Quando começamos a compreender os ensinamentos da GFB, vamos timidamente dando os passos para o nosso autoconhecimento e com a persistência e fé desenvolvida com a oração constante, conquistamos as primeiras vitórias seguidas de muitas e muitas outras em direção à nossa liberdade espiritual. Essa liberdade espiritual é o objetivo de todo filho de Deus que reencontra o seu caminho e deseja ardentemente a vitória sobre o pecado, a doença e a morte.

Neste caso específico demonstrado pela estratégia 31, a ordem é não nos perdermos em considerações negativas, remorso, culpa, desânimo, tristeza e depressão. Nossas perdas devem ser encaradas como aprendizado, por mais profunda que seja, e num ato de verdadeira HUMILDADE perante a vontade de Deus, aceitarmos nossas provas trabalhando para vencer os desafios que vem do passado e as investidas dos caídos que se aproveitam desse momento de fragilidade para se apoderarem da nossa energia vital.

Precisamos criar um momentum de proteção com os chamados ao Arcanjo Miguel, decretando e invocando sua luz diariamente e a todo instante que acharmos necessário. O 1º raio de Deus dá-nos a Vontade Divina, a Fé e a Proteção para vencermos essa batalha de Armagedon. A cada vitória pessoal, o planeta e a humanidade são vitoriosos também, porque impedimos que as trevas conquistem mais espaço.

Em Mateus 26,41 lemos “Orai e Vigiai, para que não caias em tentação”. A oração constante nos fortalece e protege dando-nos o discernimento para mantermos uma vigília contra os inimigos ocultos, evitando que as tribulações da vida nos derrubem a ponto de entregarmos nossa luz aos sedentos da escuridão, ao mesmo tempo em que nos prepara cada vez melhor fortalecendo nossas almas e garantindo a vitória da Luz.

Coragem! A escuridão desaparece instantaneamente ao menor contato com a Luz!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ESTRATÉGIA DA LUZ E DAS TREVAS 31


ESTRATÉGIA DAS TREVAS 31

- Desânimo, desespero, depressão.

Nos foi dito que o desencorajamento e a depressão são grandes instrumentos da força sinistra. A falsa hierarquia procura afetar a humanidade com um sentimento de futilidade. Eles adoram quando caímos num sentimento de depressão e desespero, pois o seu objetivo é fazer com que desistamos e deixemos de tentar. Quando nos interrogamos: “Por quanto tempo, Ó Senhor?” e depois temos uma mentalidade negativa, nos deixamos cair nas mãos deles. A depressão pode se estabelecer e reforçar a espiral descendente.

ESTRATÉGIA DA LUZ 31

- Consciência de vitória

Nestes tempos não precisamos perguntar: “Por quanto tempo, Ó Senhor?” pois os ciclos são abreviados para os eleitos. No entanto, a mensageira disse uma vez que é bom imaginar que não precisamos esperar muito tempo para uma vitória. Não se veja debaixo de uma montanha de carma. Em vez disso, imagine que se encontra dentro de um ovo cósmico e que com um poderoso impulso de energia, pode quebrar a casca do seu carma e sair para a luz do novo dia.

Não se deixe sucumbir ao desespero, à depressão ou ao desencorajamento, por pior que as coisas se apresentem. A qualquer momento a maré pode virar, e Deus pode ter uma vitória. Portanto, tenha um sentimento de vitória em tudo o que faz, e desenvolva a consciência da vitória. Aprenda a prestar atenção quando está caindo na espiral descendente _ ou ainda melhor, veja o que está acontecendo antes mesmo de entrar nessa espiral. Reverta as espirais negativas e transforme-as em positivas.

Reivindique a sua vitória!

Texto extraído do livro: Estratégias da Luz e das Trevas

De Elizabeth C. Prophet

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO


Tenho visto um verdadeiro exército de homens e mulheres protetores dos animais domésticos, cuidando de doações, saúde, e enaltecendo os animais como os únicos e verdadeiros “amigos” do homem. Eu mesma providenciei um lar para um pequeno gato que vinha diariamente à minha porta em busca de comida. O Facebook está lotado de perfis que lutam desesperadamente pelos bichinhos e se revoltam contra o homem “predador”. Concordo plenamente.
Há campanhas de sabotagem de produtos que são testados em animais e uma série infindável de fotos (lindas) com os animais e seus donos (pai/mãe humanos) como amigos, acompanhantes, amigo fiel, amigo terapêutico, coleguinha das crianças, entre tantas que destacam os cães e gatos numa performance quase humana.
Tempos atrás, a revista Veja São Paulo publicou uma matéria destacando os animais que usam roupas de grife, joias, têm quarto próprio, roupas de cama confeccionadas com seda, carro com motorista, carrinho de bebê para levá-los passear, bebem champagne, etc etc etc. Os pequenos bichinhos indefesos estão à mercê de “pais” que lhe causam transtornos psicológicos, tratando-os como verdadeiros filhos, seres humanos, e não se dão conta disso. Para tratá-los, existem clínicas especializadas que cuidam do estresse com massagens e óleos perfumados, yoga, piscinas e uma infinidade de benesses para serem usufruídos.
As pessoas se tornam até ferozes na defesa de seus amiguinhos. Nas ruas e parques vemos papai/mamãe conduzindo seus “filhotes” e ensinando-os a serem educados e contando as peripécias que seus pequenos fazem pela casa.
Essas atitudes me constrangem e fico a meditar no comportamento dessas pessoas que cultuam os bichinhos como seres excepcionais em detrimento do ser humano. Concordo plenamente que o homem tem se apresentado de maneira pouco amigável ultimamente, mas ainda o considero como foco principal na nossa jornada terrena, e os nossos amiguinhos, que fazem parte da raça animal, devem e merecem ser tratados com amor e respeito, mas nunca como substituto do ser humano.
É muito fácil para o homem manter um relacionamento de amor absoluto com alguém que não lhe contesta jamais, que aceita-o com todas as suas qualidades e defeitos (o que não acontece quando nos expomos a outro ser humano); que lhe obedece cegamente e que está sempre pronto para lhe acompanhar por onde for, e o meu questionamento é: será que devemos preterir o homem e nos dedicarmos e doarmos o nosso amor apenas àqueles que não nos contestam jamais? Não estaremos aqui julgando (o que só cabe a Deus) nosso irmão e condenando-o com a solidão por não ser merecedor do nosso amor? O que somos? O que estamos fazendo aqui? Não será muito fácil e cômodo atirarmos pedras no homem porque ele não sabe nos compreender, e assim nos afastarmos do verdadeiro caminho de aprendizado que precisamos ter para evoluirmos como raça? Não será esta mais uma artimanha dos caídos na tentativa de iludir o homem, afastando-o de sua realidade? Porque quanto menos nos esforçarmos para vencer o mal, mais forte ele ficará.
Nós estamos aqui para vencermos todos os nossos inimigos, que começam pela nossa psicologia pessoal contaminada pelas encarnações sucessivas e repletas de erros, conceitos, vícios e maus hábitos, e não podemos nos afastar desse caminho correndo o risco de chegarmos mais uma vez no fim de mais um ciclo de vida sem termos nem ao menos engatinhado na escala de evolução espiritual devido a nossa complacência com nossos próprios erros. Se não enfrentarmos o imenso desafio de nos olharmos no espelho para enxergarmos o peso que assola a nossa alma, teremos perdido tempo e energia divina passeando pela Terra e buscando apenas a companhia de quem não pode nos fazer mal. Isto é uma grande fuga!
Eu não tenho bichinhos e nunca os tive, mas isso não faz de mim uma pessoa insensível às necessidades dos animais. Tenho carinho pelos pequenos, e sempre que eles se apresentam diante de mim, ponho-me a cuidar deles como meus irmãos menores, mas não substituo o homem pelo animal, pois preciso do meu semelhante para me enxergar e através desse espelho perdoar-lhes os pecados, assim como perdôo os meus à medida que eles vão sendo compreendidos.
Se eu não aceitar o meu irmão como ele é, será impossível aceitar-me também, porque somos espelho uns para os outros. Não me comparo a ninguém, apenas reconheço a necessidade de nos compreendermos com todas as nossas mazelas na busca da vitória sobre nossos pecados e na nossa transformação como filhos e filhas de Deus. O universo é vida em abundância e até uma pedra vibra em seu interior. Sei que temos muita dificuldade de lidarmos com as diferenças, mas não podemos nos afastar, nos isolarmos para impedir que o teste se realize. É covardia julgarmos o homem como incapaz de amar verdadeiramente na ânsia de suprimi-los do nosso viver. Não cabe aqui nenhuma demagogia, mas os orfanatos estão repletos de crianças sozinhas e abandonadas que precisam de um LAR e CARINHO, mas como são pessoas que podem nos trazer problemas no futuro, deixamo-las entregues à sua própria sorte. Essas crianças não têm pedigree.
Onde está então esse amor que não enxerga o seu semelhante? Que prefere conviver apenas com quem não lhe diz “não”?
Sejamos conscientes de nossos deveres com nossos amiguinhos sem esquecer que nossas crianças e velhos precisam da companhia dos seus para lhe acariciar a cabeça cansada e para sermos seus condutores através do caminho da vida. Crianças, jovens, adultos e velhos, somos todos filhos de Deus a procura da felicidade, paz e harmonia com os nossos semelhantes e com toda a criação divina.
Oração de São Francisco de Assis
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.