Após ler o livro “Quero Nascer – O Brado da Alma”, de Elizabeth Clare Prophet, descobri que todo o sofrimento que me persegue há mais de 30 anos em consequência de um aborto, tem um significado profundo na minha alma, além da dor, pois entendi que posso ajudar outras mulheres e jovens que fogem do seu glorioso destino, por medo e egoísmo, através do meu depoimento.
Meu objetivo é mostrar o que sou hoje, já que não tive coragem de mostrar o que eu era há 30 anos. Como a maioria das jovens nascidas nos anos 50 do século XX, conheci o sexo antes do casamento. Aos 20 e poucos anos, a maternidade não fazia parte dos meus objetivos, mas num momento de descuido, engravidei.
Ao constatar o fato, deparei-me com a responsabilidade de mostrar ao mundo quem eu era, isto é, temi assumir a minha sexualidade diante da minha família e, guiada pelo egoísmo e vergonha, decidi não enfrentar a realidade e fiz um aborto.
Triste momento da decisão e terrível sensação de desespero; porém, na minha ignorância, considerei que era necessário para “salvar” a minha pele.
Tempos depois, logo após o meu casamento, fiquei grávida novamente. Alguns dias depois de ter recebido o resultado do exame laboratorial, senti o sangue da vida se esvaindo de mim. Triste, chorei. O tempo foi passando e sem que eu evitasse a concepção, nada acontecia. Fiz exames, tudo OK.
Depois de 1 ano, a grata surpresa de uma nova gravidez, porém, como da vez anterior, logo após a confirmação, comecei com sintomas de aborto e o médico então recomendou repouso absoluto e injeções de um hormônio feminino que ajuda a manter a gestação.
Durante 4 meses segui as instruções à risca e minha barriga já estava crescendo. Naquela época, o exame de ultrassonografia era novidade e lá fui eu realizar o exame de ”última geração”, para infelizmente, descobrir que em meu útero não havia NADA. O feto havia se desintegrado em meu ventre. Mais uma grande dor.
Passado mais um ano, senti que a minha hora havia chegado. E assim tive uma gravidez tranquila e sem nenhum problema. Meu filho nasceu forte e saudável de parto cesariana e era um bebê lindo! Quando a enfermeira o trouxe para mamar com apenas um dia de vida, ele se recusou a abrir a boca e sugar o leite materno, agindo sempre da mesma forma e obrigando-nos a alimentá-lo com leite industrializado.
Todo o alimento produzido por meu corpo foi jogado fora, pois meu bebê negava-se a sugar o meu peito. Logo após completar um ano, ele ficou doente e correndo de um médico ao outro ele foi internado no hospital com várias infecções e suspeita de meningite.
Durante 15 dias lutamos desesperadamente pela vida dele e graças a Deus ele foi curado. Durante todo esse processo ele recusava a minha presença. Passado o susto e seis meses depois, nova corrida ao hospital para a remoção de um pólipo intestinal, que por “sorte” foi empurrado através do intestino para que nós soubéssemos da sua existência. Depois disso, nunca mais ele precisou sequer de um comprimido de AAS.
Três anos depois tive uma filha e depois outro menino. Durante mais de 20 anos, meu 1º filho me amou e me odiou. Tinha crises de pânico toda vez que eu segurava suas mãos para cortar suas unhas, não permitia que eu o beijasse da mesma forma que eu fazia com seus irmãos e muitas vezes seu olhar de desprezo apunhalava meu coração.
Foi rebelde, criando muitos problemas e obedecendo apenas ao pai. Desprezava também os irmãos e não perdia nenhuma oportunidade de me magoar. Quando meu filho mais novo estava com 2 anos, fiz histerectomia, perdendo assim a capacidade de gerar outro filho.
Durante todos esses anos eu fui feliz com a minha família com a única exceção de sempre sentir o desprezo do meu filho mais velho. Quando conheci os ensinamentos dos Mestres Ascensos passei a decretar a Chama Violeta diariamente para nos libertar do carma negativo, e algumas vezes senti que aquele aborto praticado tantos anos antes poderia ser a causa daquele comportamento tão agressivo.
Fiz muitas novenas e entreguei meu filho tão amado nos braços de Mãe Maria, que aos poucos foi me devolvendo um filho carinhoso, atencioso, preocupado comigo. Hoje, ele deita no meu colo como um bebê e pede carinho.
Esta poderia ser apenas uma história normal se analisada apenas com os olhos da carne, mas eu sei e sinto a verdade no meu coração, que mesmo tendo infringido as leis divinas de Deus Todo-Poderoso ao praticar um aborto, negando a uma alma o direito à vida, nós (eu e ele) precisávamos realizar nosso plano divino nesta vida, e então Deus me concedeu Seu perdão, e me fez reconhecer meus erros através da Lei do Carma, ao mesmo tempo em que me dava a oportunidade de realizar o maior projeto da minha vida, ser MÃE.
Guardaria esta história na minha memória, não fosse a necessidade urgente de mostrar às mulheres e jovens de todo o mundo, as maravilhas da maternidade com o conhecimento das leis divinas, e as consequências desastrosas do aborto, não só para a mãe, mas para a alma abortada e para todo planeta.
Vivemos no século XXI e não acredito na necessidade de um aborto com o objetivo de “esconder” a realidade sexual dos jovens, nem a ideia de não poder criar uma criança por falta de recursos ou por outros motivos diferentes.
O mundo nos oferece todos os meios de subsistência e amparo e, além disso, temos milhões de casais que esperam ansiosamente a oportunidade de ter seu filho nos braços, o que depende das mães do mundo permitirem que a gestação de seus bebês chegue até o final, dando a Luz à seus filhos e oferecendo a eles as mesmas oportunidades que nós tivemos.
Mulheres, maravilhem-se com a dádiva da maternidade; permitam que seus bebês possam se desenvolver, sem que sejam cruelmente assassinados em seus ventres; evitem dar ouvidos a conselhos de quem não tem o conhecimento da Verdade, empurrando-as para o abismo do aborto.
Tenham a responsabilidade de planejar e evitar uma gravidez indesejada através dos métodos contraceptivos existentes à disposição de todas, independente de posição social, religião, cor, idade, ideologia política, etc.
O aborto é um falso método de controle de natalidade. O ABORTO é um CRIME pelas leis de Deus.
Nada é mais sagrado neste mundo do que a VIDA, pois somente ela nos dá as oportunidades de crescimento e evolução espiritual.
Peço à amada Mãe Maria que envolva todas as mulheres do mundo em Sua luz e proteção, guiando-as pelo caminho da Verdade e da Vida.
Lindo testemunho da Márcia, sem dúvida verdadeiro em suas conotações.
ResponderExcluirComo médica e estudante dos temas da Fraternidade Branca, tenho visto na prática profissional o mesmo exemplo citado pela autora ocorrendo com um número considerável de senhoras e a todas tenho ensinado a prática da Chama Violeta, sempre com resultados favoráveis.
Nossa civilização atual foi privilegiada com essa dispensação maravilhosa.
Agora é fazer uso desse presente e divulgá-lo ao maior número possível de pessoas.
Paz e luz!
Lúcia Souza
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ResponderExcluirMarcia, querida! Seu testemunho é maravilhoso... parabéns pela sua coragem e mestria para abordar um assunto tão delicado como é o aborto. Eu tenho certeza que qualquer mulher que estiver prestes a fazer um aborto se tiver a oportunidade de ler seu testemunho desistiria da ideia do aborto na mesma hora! Que Deus te abençoe! Um beijo enorme no seu coração!
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