Quando
a vida nos presenteia repetidas vezes com situações que abalam profundamente
nossa estrutura, ela nos dá a oportunidade de nos libertarmos da dor
aprisionada em nossos corpos emocionais.
Quantas
vezes vivemos situações parecidas, muitas vezes com a mesma pessoa, em que os
conflitos parecem se armar contra nossa própria vontade; situações que se
“criam” praticamente do nada, subitamente, e nos perguntamos: Por que outra
vez? Por que eu não consigo lidar com essa energia de maneira mais suave, menos
dolorida? Por que ao invés de solucionar os meus problemas acabo criando
outros?
Encontro-me
sossegadamente diante da vida na certeza de que tudo está bem agora, mas de
repente algo acontece; alguém aparece como se fosse do nada para trazer-me aquela dor de volta, e eu reajo
instintivamente com a espada na mão sem dar o menor tempo do meu coração
“sentir” o que devo fazer, o que devo falar. Passados alguns minutos parece que
a minha ficha cai e aí eu percebo que aquela dor que eu pensava não existir
mais, está lá, no mesmo lugar, me incomodando e me fazendo reagir de modo
instintivo quando eu deveria já estar apta para agir e não mais reagir. Então o
mundo parece desabar sobre mim e eu me encolho dentro de mim mesma em busca da
origem de tais reações. Sinto-me culpada por sentir os mesmos efeitos do
passado, quando não consegui lidar com o problema de maneira a solucioná-los, e
aí começo a me questionar no sentido de descobrir o que falta ou o que sobra
dentro de mim que deve ser descartado e compreendido.
Por
que essa dor não desaparece? Por que não consigo me libertar através da
compreensão dos fatos, da lógica, da razão?
A
resposta é sempre a mesma: a mágoa. E continuo o questionamento: Mas já faz
tanto tempo! Sim, já faz muito tempo, talvez mais do que se possa imaginar, e
ele é a força motriz que acelera e amplifica essa dor para que ela apareça na
superfície do ser, mostrando-se. Então, novamente culpo-me por ainda manter uma
nódoa na minha alma, mas logo a consciência desponta e a razão adquirida
através dos conhecimentos divinos acalma minha alma e afasta o sentimento de
culpa mostrando-me as raízes profundas de conflitos, talvez seculares, que
precisam se apresentar para serem desmistificados e dissolvidos. Não é um
processo fácil e indolor, porém necessário. Sem esse “aparecimento repentino”
de mágoas antigas não nos damos conta de sua existência e imaginamos que tudo
está pacificamente resolvido.
Nossa
alma registra uma trajetória longa e muitas vezes pesada demais para nossa
compreensão humana, e sem a consciência da reencarnação nos perderíamos na
culpa e condenação.
Os
mistérios da vida devem ser desvelados para nossa libertação das amarras do
passado, época em que nossas almas se perderam pelos caminhos escuros de nossas
escolhas. A mágoa profunda aliada ao fermento do tempo transforma-se em
ressentimento, e preciso agir para que essa energia densa seja consumida pela
compreensão de mim mesma e daqueles que como eu, erraram tanto no passado. Tudo tem seu tempo, e
eu preciso aceitar que ele também vai me ajudar a dissolver essa massa escura
que enfeia meu ser; que ele será meu aliado a partir do instante em que eu
reconhecer o seu poder curador, assim como reconheço seu poder de expansão dos
males até que se obtenha a consciência deles. Imaginamos-nos almas bondosas,
fraternas, compreensivas, e quando olhamos para trás descobrimos a verdadeira
cor, o peso que nos prende ao chão da vida humana. Nosso cinturão eletrônico
pesa como chumbo à espera de nossa atitude corajosa permitindo que ele seja
consumido pelo poder da compreensão, aceitação e perdão. Então, quando as
lembranças dolorosas surgirem, não se entristeça, não se culpe e nem se
entregue; lute! Levante o tapete que cobre
esse corpo emocional e use a vassoura cósmica para varrer completamente
esse lixo para dentro da fogueira de Chama Violeta que irá consumir todo o mal
e transformá-lo num vaso limpo e transparente, pronto para ser preenchido pela
Luz Crística e transformá-lo num verdadeiro filho de Deus.
Permita
que o passado se manifeste com o objetivo de limpeza e purificação, e nunca
mais como culpa e condenação.
“Alguns dizem que a meta da perfeição é inatingível, que somente
Jesus Cristo poderia atingir a meta da perfeição. Todavia, ele nos deu uma
instrução que penso que deveríamos considerar literalmente. Ele disse: “Sede
vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos céus’”. “A perfeição é como a lei da geometria, da matemática.
É um padrão interior em direção ao qual seguimos. Então, esforçar-se para
alcançar a perfeição não é agir como um anticristo, é atender ao chamado de
Jesus”. “Uma maneira de examinar a mente subconsciente é começar a olhar para a
ponta do iceberg nos níveis de percepção da consciência e ver o que está
acontecendo em nossa vida. Sempre achei que se quisesse conhecer de fato o lado
escuro, feio e não questionado do meu mundo, poderia investigá-lo porque ele se
moveria pela minha mente consciente como um cometa que deixa rastro e, se
estivesse disposta a abrir os olhos, a ser honesta, humilde e aceitasse ser corrigida
por Deus, poderia ver as minhas deficiências”. Trechos extraídos do livro: Preveja seu Futuro
de Elizabeth C. Prophet.
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