sábado, 23 de julho de 2011

O reconhecimento de si mesmo


As escrituras nos dizem que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas quando olhamos para a nossa imagem, o que vemos? Será Deus homem, mulher, branco, negro, amarelo, alto, baixo, magro, gordo, bonito, feio, saudável, doente? Não. Tudo isto faz parte dos conceitos humanos necessários para a nossa evolução, adaptando-se a cada vida e a cada necessidade da alma encarnada no processo evolutivo.

Não somos aquilo que o espelho pendurado na parede nos mostra. Essa imagem é apenas a realidade que nós criamos ao longo de nossa jornada terrena, quando fomos, gradativamente, nos desviando do caminho a nós determinado pela Consciência Divina. A cada encarnação, a cada nova vida física no planeta, fomos deformando nossa imagem pura, quando passamos a aceitar o pecado como destino de todo homem. O pecado é apenas o desvio de caminho, de rumo, mas que nos traz suas conseqüências acumulando em nossa alma, em nosso corpo da memória, todos os tropeços que demos nesse percurso alterando nossa imagem.

As religiões nos ajudaram a manter e perpetuar esse padrão errôneo, punindo nossos pecados e julgando o homem com a vara dos conceitos humanos, quando deveria ter instruído as almas a vencerem os desafios da carne, libertando-se dos padrões limitados da matéria. A ligação com Deus deveria ter nos dado o alimento para a alma se fortalecer e vencer a queda pelo pecado. Julgaram e condenaram as almas ao inferno, quando Deus nos ensina o perdão pelo reconhecimento e conscientização dos erros cometidos, dando-nos a liberdade.

A Era de Aquário nos presenteia com as revelações dos mistérios da vida, fornecendo-nos as ferramentas que nos proporcionarão a eficiência no trabalho de libertação através de um processo de clarificação do nosso corpo mental e o esvaziamento e limpeza do nosso corpo emocional, apresentando resultados surpreendentes em nossa imagem diante de nós mesmos. E ao nos olharmos no espelho real, o espelho da nossa própria alma, começamos a perceber as mudanças indicativas de que somos verdadeiramente filhos de Deus, feitos à Sua imagem e semelhança.

Cada um de nós tem encontrado seu próprio caminho de volta pois estamos em graus diferentes de evolução, e precisamos respeitar as escolhas diferentes das nossas. Ao acionarmos nossos registros, percebemos quantos caminhos já percorremos até chegar até aqui, e o importante é caminharmos com o objetivo de nos reencontrarmos e nos reconhecermos como filhos legítimos de Deus.

O caminho nunca é suave porque nossas escolhas também não o foram, mas ao invocar a luz da nossa paternidade divina acionamos a alavanca da Fé que nos impulsiona sempre para frente, fortalecendo nossa alma com a coragem e determinação necessárias para vencermos cada batalha, e passo por passo, nosso caminho vai se abrindo, ampliando, ao mesmo tempo em que nossas forças crescem e vencem mais e mais, e nessa escalada desenvolvemos a humildade que é a qualidade capaz de nos mostrar quem realmente somos.

E dia chegará quando seremos somente e totalmente Luz! Legítimos filhos de Deus feitos à Sua imagem e semelhança.

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