Paramahansa Yogananda
terça-feira, 26 de abril de 2011
O Reino de Deus dentro de você
Paramahansa Yogananda
sábado, 23 de abril de 2011
A Crucificação
Todos os anos quando chega essa época as pessoas se preparam para a abençoada Páscoa, desejando que a data seja especial a amigos e parentes. Como uma festa religiosa, talvez a mais importante dos cristãos, a quaresma é um período de jejum, orações, novenas para, no domingo de Páscoa, se libertarem de sua penitências e receberem o NOVO, para o renascimento de Cristo. Na verdade, tudo isso é imprescindível para o cristão, pois é um dia de glória em que se comemora a ressurreição de Jesus dentre os mortos. Porém, antes da ressurreição temos a crucificação. Na sexta-feira santa, os devotos se dedicam a louvar o Nosso Senhor que morreu para nos libertar.
Durante minha vida toda compareci à igreja neste dia santo, louvando o Mestre por sua coragem e entrega, e revivendo cada minuto da sua agonia. Hoje, não diferente dos outros anos, vivi a sexta-feira da paixão com muito respeito, obedecendo os dogmas da igreja, mas também compreendi melhor esse ato de bravura e humildade de Jesus.
A história nos ensina que Jesus não ofereceu nenhuma resistência ao seu destino doloroso, mesmo tendo o poder de elevar sua voz e clamar para que Deus o livrasse daquele momento. Ao contrário disso, orou no Monte das Oliveiras para que fosse abençoado com a coragem para aceitar aquele cálice tão amargo.
E nós? O que esse ato de fé de Jesus nos ensina no nosso dia a dia? O que representa os dois “ladrões” que o acompanharam na crucificação? Qual o aprendizado que devemos ter desse fato histórico?
Todos nós sabemos que Jesus nasceu sem mácula, isto é, ele não tinha carma para resgatar aqui na Terra. Ele nasceu para nos trazer a palavra de fé, deixando sua vida e morte como exemplo para todos aqueles que creem nele. Sua vida foi uma sucessão de mensagens claras e poderosas e, quando assimiladas por nossos corações, têm o poder da transformação. Sua morte, muito mais poderosa em virtude de sua entrega e agonia, acarreta para cada um de nós o sentimento da culpa e impotência diante de um ato tão arrebatador. Procuremos então compreender como podemos identificar a crucificação de Jesus em nossas vidas, transformando esses sentimentos negativos de culpa e remorso pelo seguimento do exemplo divino.
Nós vivemos a vida sem muita compreensão do que ela significa em termos espirituais, e assim deixamos passar todas as oportunidades de “entrega e renascimento” que se apresentam diariamente em nossas vidas. Quantas vezes somos surpreendidos por problemas que exigem de nós uma atitude de humildade perante Deus, pois não temos o poder de mudá-las? Quantas dores se fortalecem em nossas almas, já tão sobrecarregadas pela dor do passado, e acrescidas daquele momento em que nos sentimos impotentes, fracos e abandonados? Não aceitamos a perda, seja ela de que ordem for. Vemos multidões em busca de consolo para suas dores, buscando consolo nas mãos de outros que, como eles, se desesperam em busca de explicações, mas não vemos quase ninguém humilde de coração aceitando suas provas e entregando suas almas a Deus Todo-Poderoso como Jesus fez. Ao perder um ente querido, ao perder a condição financeira que dá suporte à vida material, e em todas as outras situações semelhantes, nós procuramos nos defender com nossas ”armas”, colocando a arrogância e o orgulho como escudos diante da fraqueza e esquecemos o caminho da luz que Jesus nos ensinou.
Ele nasceu com o propósito divino de nos ensinar pelo exemplo, e não nos damos conta disso. Não aceitamos as derrotas, as perdas, os obstáculos, e arrogantemente exigimos de Deus que nos liberte daquela dor. Devemos parar nesse ponto e nos perguntarmos o que isso significa e o que tem a ver com a crucificação de Jesus. O encerramento de sua vida de exemplos deveria ser forte o bastante para que nós não esquecêssemos (mas esquecemos) que nesses momentos dolorosos, em nossa crucificação quase diária neste mundo, precisamos desenvolver as qualidades divinas para suportar a dor como Ele fez, entregando nossas dores e problemas nas mãos do Pai para que possam ser resolvidas. Essa é uma atitude de humildade crística, que muitos confundem com subserviência, o que é um engano.
Os dois “ladrões” que acompanharam Jesus na sua agonia representam nossos parentes, amigos, conhecidos que, estando próximos de nós em nossas lutas, também se entregam à dor, uns com fé em Deus e outros totalmente materializados e distantes da verdade da vida, impotentes também diante deles mesmos e das surpresas da vida.
Se temos o nosso carma para resgatar aqui na terra como forma de libertação de nossos erros, precisamos encarar esse fato e, como Jesus, nos ajoelharmos diariamente no Monte de nosso coração, diante da nossa Chama Trina, e suplicar pela força e coragem que nos possibilitará atravessar essa agonia e superar nossos obstáculos em busca da liberdade. E aos nossos “ladrões”, sejamos como Ele nos ensinou, solidários, pacientes e caridosos, mostrando-lhes o caminho da verdade, que é a entrega total ao seu Santo Cristo.
Cada palavra, olhar, gesto e cada ensinamento de Jesus deve ser transportado para o aqui e agora e traduzido como indicadores que nos levarão à vitória sobre nós mesmos, e com o coração preenchido pela fé absoluta que guiou Jesus, possamos nós também, após a nossa crucificação diária, ressuscitarmos para a Verdade e a Vida, que é o Caminho que nos leva à Jesus.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Ascensão
A Vós que Desejais
Seguir os Passos dos
Mestres que
Transcenderam o
Carma e a
Reencarnação – os
Cientistas do Espírito
Ensinam a Lei da
Autotranscendência
Tal como a figueira manifesta o seu sinal, também a aurora da presciência cósmica no aspirante divino manifesta os sinais da Aparição Divina no seio da mônada humana. Sopram ventos de esperança, trazendo o bálsamo do verão e o prodígio das coisas boas que estão por vir, mas os homens ainda precisam estabilizar a consciência durante o tempo de provas.
O afastamento da perfeição não ocorreu de repente mas, na maioria das vezes, resultou do enfraquecimento gradual do caráter, de assumir cada vez menos responsabilidade e do desejo do ócio mortal. Assim como a falta de exercício produz músculos flácidos, quando se dão ouvidos aos ruidosos clamores do mundo enlouquecedor os sentidos espirituais também se enfraquecem; desse modo, cada pessoa que é afetada por esses atos mortais vê ocorrer um desequilíbrio anormal na sua chama trina, que manifesta a vida.
Os homens prestam homenagem à ciência pois sentem que ela lhes propiciou “uma boa vida”. Porém, sem o cientista do Espírito não haveria sequer vida no planeta, todos permaneceriam nas trevas ou no tenebroso estado de andar às apalpadelas, até para as percepções sensoriais físicas. A luminosidade do Espírito acariciou suavemente as trevas e fez as sombras recuarem à medida que a vontade de Deus, que é boa, enaltecia os Seus propósitos através dos filhos que Ele criou.
A humanidade lamenta a dor e o sofrimento causado pelo seu próprio carma. Mas, e os mestres sem carma que servem na hierarquia, cujas esperanças são destruídas vezes sem conta por pessoas desinteressadas? A estes pede-se que se mantenham de pé como defensores frente às hordas da substância mortal e tenebrosa e que intervenham em prol da humanidade; mas quando os homens recebem a magra satisfação dos propósitos menores pelos quais anseiam, eles por vezes voltam rapidamente as costas à luz e mergulham nas trevas, como se as suas esperanças estivessem depositadas no turbilhão do mundo.
Nós nos perguntamos em níveis interiores: “Será porque duvidam? E quando se convencem, não conseguem ser constantes na sua convicção? Será que precisam ser reassegurados da realidade das oitavas de luz o tempo todo?” Que mais poderei dizer senão que Deus produziu os milagres da Sua perfeição, que são as percepções momentâneas e eternas da consciência dos mestres ascensos?
A nossa especialidade é o regozijo imortal, e o clamor das nossas esperanças ressoa até mesmo sobre o mar humano. Os homens falam de Serapis com admiração e respeito. Rendem homenagem á El Morya e ao ímpeto de poder. Admiram-se ante a beleza da consciência de Paulo Veneziano. Mas onde estão as legiões de Deus na terra, onde estão as pessoas leais que nos peçam hoje para ser iniciadas nos níveis mais elevados de Luxor?
Voltando à ciência do Espírito, deixai-me comunicar o conhecimento, quer haja ou não quem o escute, aprecie e respeite, ou que se aproprie dele. Quando o homem deixa de progredir é sempre porque existe um desequilíbrio na sua chama trina da vida. A vida que faz bater o vosso coração é uma tríade de movimento, consistindo de energias tripartidas. A Santíssima Trindade do Pai, Filho e Espírito Santo; do corpo, mente e alma; da tese, antítese e síntese; de Brahma, Vishnu e Shiva; do amor, sabedoria e poder, também é o rosa, o azul e o dourado da consciência divina.
A vontade de Deus é um terço predominante do todo, mas se não houver a sabedoria de Deus, a iluminação dourada do Seu conhecimento supremo, até mesmo o poder terá a sua ação inibida; e se não houver o amor, o poder e a sabedoria se tornam a fragilidade da autopreservação. O equilíbrio da chama trina cria o padrão da ascensão para todos.
As emoções tirânicas são controladas pelo amor e pelo poder do amor em ação. Como a sabedoria dos homens é loucura para Deus, eles não entendem que não é a psicologia do mundo, mas sim o equilíbrio das energias do coração, que eles armazenam os fogos da ascensão para o dia da sua vitória. A fornalha do ser, aquecida até ficar incandescente, tem que manifestar as cores do fogo sagrado, e a espiral do ninho da serpente tem que se elevar verticalmente, erguida pelas asas da fé, da esperança e da realização (fé, esperança e caridade), até que o homem crístico esteja entronizado em todos. Esta é uma vitória científica do Espírito.
Texto extraído do livro: Dossiê sobre a Ascensão
De Mark L. Prophet
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Não adie seu encontro com a espiritualidade
Mário Sergio Cortella
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Chamas Gêmeas e Almas Companheiras
Outro mistério da alma revelado pela Cabala é o mistério da nossa alma gêmea. O Zohar ensina que a nossa alma tem um gêmeo que foi criado conosco no princípio. Deus proporcionará a nossa união, diz o texto, se vivermos uma vida pura fazendo boas obras.