domingo, 20 de março de 2011

A Verdade


Está mais do que provado que nós, seres humanos, ainda somos cegos. Só vemos aquilo que é conveniente para o nosso ego. Vivendo dias tão atribulados como os nossos, sentimos as pessoas perambulando pela vida, sem rumo definido, assustadas e impotentes diante de tantas manifestações da natureza. É certo que estas catástrofes nos assustam pelo seu gigantismo, mas mesmo diante de nossos problemas e escolhas, sentimo-nos perdidos. O que acontece com o homem, tão evoluído em termos tecnológicos e científicos, e tão inseguro diante dele mesmo?

Logo que nascemos, aos primeiros passos, nos apoiamos naqueles que nos sucederam, e ao transformá-lo em vício, nos apoiamos a vida inteira. Precisamos sempre do outro para sorrir, chorar, indicar o caminho, apontar a solução, declarar seu apreço e também sentir seu ódio para nos fortalecermos diante das lutas. Alguns se acovardam, permitindo que conceitos antigos e antiquados sejam seus guias rumo ao futuro. Sofremos. E quando sofremos, buscamos desesperadamente a salvação que depende de nós mas que somos incapazes de perceber, empurrando sempre a conquista e a vitória para mais um dia adiante.

Quando conseguimos despertar da ilusão causada pelas tradições, saímos em busca de informações e ensinamentos que nos preparem para uma nova aliança com a vida, mas ainda assim, apesar da nossa imensa vontade de permitir que o novo se estabeleça, nosso subconsciente se interpõe aos nossos avanços, e ficamos tateando no escuro com as novas ferramentas nas mãos, sem poder usá-las.

Sentimos tanta necessidade de renovação, de liberdade, mas nossos passos continuam incertos.

Em João 8:32 está escrito: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

É a verdade que buscamos, necessitamos e tememos; ela é a chave que abrirá as portas para a nossa liberdade, e que muitas vezes está diante dos nossos olhos e não vemos. Precisamos nos despir dos sonhos e ilusões que deformam as imagens dos nossos objetivos para poder enxergá-la, mas o temor de uma imagem desconhecida nos faz recuar e nos escondemos para que o novo não nos encontre. Precisamos de tempo para nos acostumarmos com a idéia de que o novo deve vir e mudar a nossa vida. Paradoxalmente, queremos a libertação, mas não abrimos mão das grades que nos protegem.

Podemos andar na incerteza, mas Jesus é a luz da liberdade, e só encontraremos o caminho quando questionarmos o Cristo em nossos corações e estivermos prontos para ouvir a resposta, independente de concordarmos com ela ou não. Ela não está fundamentada numa discussão, meditação filosófica ou lógica, mas numa revelação eterna.

Coragem, sejamos destemidos e sigamos em frente onde lemos a seta que indica a felicidade.

2 comentários:

  1. Eu quase nunca comento, mas venho aqui ler sempre. Adoro os textos todos.
    Te amo, mamãe.

    Beijos

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  2. Grata minha flor. A sua presença aqui é muito importante para mim.

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