quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vícios

Quando estudamos os ensinamentos dos Mestres Ascensos da Grande Fraternidade Branca, nos deparamos com um espelho que mostra as deformações que produzimos em nossas almas ao longo de nossa jornada aqui na Terra. Após o susto, reconhecemos a necessidade de avaliarmos a nossa conduta e readequá-la aos moldes das leis divinas. Esse processo exige todo o tempo de nossas vidas, pois não é fácil mudar aquilo que está cristalizado em nós após tantas idas e vindas de nossa alma pelos caminhos da reencarnação. Agimos automaticamente sem nos darmos conta de quantos erros cometemos a cada olhar, a cada palavra. Cometemos o primeiro deslize e sem perceber começamos a repeti-lo até que ele se transforma num vício, disfarçado de "personalidade". Esta é a palavra que usamos para definir o comportamento humano. Dizemos: "Fulano tem personalidade forte!" Ficou muito mais fácil e cômodo intitularmos um vício de "personalidade" ao invés de lutarmos para combater tal vício. "Afinal, todos nós somos humanos!" Essa é a grande desculpa que encontramos para aceitar os erros cometidos.
O Mestre Saint Germain nos diz: "Dai-vos tempo para santificar-vos"; porém, eu me envergonho diante de mim mesma e muito mais diante Deles, porque ainda não consegui superar certos vícios que enfeiam a minha alma. Tenho consciência deles e mesmo assim muitas vezes eles se repetem sem que eu me dê conta deles, antes que aconteçam. E então, determino mais uma vez que não repetirei tal erro.
Essa sequência me envergonha, mas eu não posso deixar de lutar. Não posso permitir que o lado escuro do meu eu inferior me domine. Às vezes fico aflita ao contar o tempo que já vivi sem essa consciência, e o tempo que perdi. Consequentemente, a cada dia que permito que o erro se repita, estou diminuindo o tempo que tenho para reverter tal situação. O tempo! Como poderemos saber quanto nos resta? Será que conseguirei domar esse animal selvagem que me conduziu até aqui, em tempo? Quero dizer, enquanto vivo esta vida?
Acredito que grande parte dos "costumes" da humanidade deve-se à total falta de conhecimento das leis que regem a vida. Não adianta sabermos que não devemos criticar, julgar, condenar, se não sabemos os prejuízos que isso causa a quem julgou e a quem foi julgado. Muitas vidas ficam paralisadas por tempo indeterminado por causa de um julgamento, uma crítica. Quanta dor existe no coração de quem é julgado, sem que o julgador o saiba. As religiões costumam denominar esses erros de "pecado", "condenando" o pecador a isso ou aquilo, ou então penitenciando-os com 3 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria, e abssolvendo-os após. Isso é ridículo! Existe o pecado normal, médio e o mortal. Para cada um deles há um "julgamento", quando deveria haver um esclarecimento para que não acontecesse novamente. Se fôssemos educados religiosamente em favor de nós mesmos, agiríamos em favor de todos. Hoje, poderíamos educar nossos filhos pequeninos a não errar, contribuindo com a evolução da raça humana. Promovendo a verdadeira caridade, que é "amar o seu próximo como a ti mesmo!"
Imploro a Deus Pai/Mãe que me dê mais oportunidades, e que investida do poder do amor em meu coração, eu possa vencer todos os obstáculos.

EU SOU
Marcia da Luz de Maria

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