Encontramos as pegadas que Jesus deixou no Oriente e podemos
segui-las com toda a segurança, pois somos capazes de entender que existe uma
salvação a ser conquistada, antes de termos a concretização do Cristo dentro
deste corpo, dentro desta mente e dentro deste templo. Jesus trilhou um caminho
que nós também podemos seguir.
Podemos conhecê-lo como adolescente e ele se torna um modelo
para os anos da nossa adolescência, depois, nos anos de nossa juventude, quando
estamos nos preparando, através dos estudos para exercer uma profissão, podemos
ter como modelo o período entre os seus 20 e 30 anos. Isto nos mostra que ele
não nasceu simplesmente um deus, e sim que herdou a forma humana e teve de se
preparar para essa missão, fazendo-o de maneira diligente.
Acredito que a tradição ortodoxa escondeu esse período de nós
porque queria transformar Jesus em um deus de carne e osso, pronto para ser
adorado, em vez de ser visto como um irmão, um amigo ou alguém de quem podemos
nos aproximar, pois é alcançável. Isso
não diminui em nada a divindade de Jesus; simplesmente restaura a divindade de
cada um de nós. Isso nos torna iguais a Jesus, pois ele é o avatar mas nos dá um exemplo que podemos seguir.
Não é blasfêmia alguma afirmar que Jesus era Deus encarnado e,
ao mesmo tempo assegurar que ele veio mediante a mesma rota e rumo ao mesmo
objetivo, como nós, até mesmo através da reencarnação. Vemos sinais dele no
Velho Testamento e até mesmo antes disso, nos tempos da Atlântida, e o vemos
sempre como aquele que chega representando o grande Salvador, aquele que
converte as nossas almas e as leva de volta para Deus.
Afirmar que Jesus era um aluno dedicado significa que temos que
ser igualmente dedicados, e não apenas amadores, sem buscar aqui e acolá, mas
reconhecendo que o reino de Deus está dentro de nós. A luz está adiante, e
aqueles que lá chegaram antes de nós, nossos irmãos e irmãs mais velhos – os mestres
ascensos – estão nos guiando por cada passo do caminho. Esta é a minha missão:
trazer para vocês a compreensão dos ensinamentos dos mestres ascensos.
Jesus nos oferece hoje a mesma mensagem que nos deu no Oriente e
na Palestina. Ele é o nosso Senhor e Salvador, e ninguém pode tomar o seu lugar. No entanto,
todos podem segui-Lo, alcançar o reino de Deus e se tornar parte do grupo de
santos vestidos de branco que vieram de todas as religiões e de todos os credos
para se reunir em torno do trono de Deus. E eles são conhecidos como a Grande
Fraternidade Branca.
Texto extraído do livro "Maria Madalena, o lado feminino da Divindade" de Elizabeth Clare Prophet.
Texto extraído do livro "Maria Madalena, o lado feminino da Divindade" de Elizabeth Clare Prophet.