Todas as vezes que ouço que sou “uma mulher iluminada”, bate um receio no meu coração de que isto é um elogio humano e que vai me trazer a vaidade para compartilhar dessa suposta iluminação.
Na verdade, a iluminação é a nossa vontade em Deus. Este é o princípio. É a partir da Vontade Divina que começamos a modificar o nosso caminho, compreendendo a necessidade de nos libertarmos de nós mesmos, dos nossos conceitos humanos tão arraigados à nossa alma, e que só nos conduzem ao sofrimento. Fomos vivendo vida após vida, na esperança do aprendizado que nos trouxesse a liberdade, mas na verdade, a cada vida, reforçamos os registros antigos em nossas almas, criando maiores algemas a cada renascimento. Não é isso que eu quero nesta vida. Tenho a convicção que vim para rasgar os véus de ilusão que há séculos me enroscam no caos humano. Quero ser LIVRE!
Mas como podemos ser livres, aprisionando os nossos amores em nossas teias? Como ser livre, sem permitir que o outro o seja também? Eis aí o maior desafio de uma mãe. Este é o meu momento atual.
O amado Mestre Saint Germain, Chohan do 7º Raio da Liberdade, nos diz: “Daí-vos tempo para santificar-vos”. E o momento se faz à medida que o “destino” nos apresenta as oportunidades. “Orai e vigiai” diz o amado Mestre Jesus. O contato constante com a nossa Presença Divina através de orações mais íntimas, quando nos entregamos nos braços da Luz, nos proporciona a serenidade, nascida da fé e da constância, para podermos ouvir o direcionamento divino. Com nossas almas amparadas e protegidas pela Luz do EU SOU, ouvimos as respostas aos nossos pedidos, súplicas, e então buscamos a compreensão dos nós que nos aprisionam, e ao desatá-los conquistamos mais uma vitória.
Consideramo-nos modernos, destemidos, evoluídos, até o momento que a vida nos pede provas, e elas podem ser duras ou não, dependendo do nível de entrega de nossas almas à Deus. Tenho sido testada com muita intensidade, porque sei que o meu compromisso exige isso. A cada passo dado e conquistado, aumenta o grau do meu aprendizado, e as provas se tornam cada vez mais exigentes. Por outro lado, a cada vitória, minha alma se fortalece, e apesar dos momentos iniciais de hesitação, ouço o chamado interior e entrego a minha dor para ser consumida e recebo a dádiva da libertação.
O maior desafio de uma mãe é compreender e aceitar as escolhas de seus filhos. Libertá-los do seu domínio maternal, tão protetor, “sábio”, permitindo que eles tenham suas próprias experiências e aprendizados, como nós tivemos e temos, porque antes de sermos mães, pais, somos filhos. Olhamos para os filhos dos outros e sempre enxergamos saídas para seus impasses, mas quando se trata de nossos filhos, ‘empacamos’ diante do nosso ‘poder protetor’ impedindo que eles se realizem. É uma prova difícil, mas a Luz de Deus sempre vence, e precisamos invocar essa Luz e nos entregarmos à ela para que a vitória da liberdade nos beneficie, e possamos entregar nossos filhos ao Pai verdadeiro, para que Ele os conduza sempre no caminho traçado.
Então, ao ouvir que sou ‘iluminada’, compreendo agora que a Luz está em mim porque Eu estou nela.