O que é a vida senão uma sequência de fatos
numa sequência de tempo finito? O tempo, como o vento, passa balançando as
folhas da nossa árvore e logo depois desaparece deixando tudo quieto e imóvel.
De vez em quando sentimos no nosso íntimo a brisa suave do vento que passou e
estremecemos diante da realidade.
O espelho da nossa alma nos mostra a folhagem
verde e fresca sugando a luz do sol e os pingos da chuva benfazeja nos
encharcando de vida, e o espelho de cristal
nos mostra a realidade dura do tempo que passou e não volta jamais.
Como enfrentar a nova realidade? Vivendo o que a
brisa nos sopra no íntimo dando-nos a força necessária para vencermos o imenso
desafio da quietude.
Nada nos impede de viver o momento da brisa suave com
ardor e alegria, basta que saibamos separar os momentos e vivermos cada um
deles com a consciência de que é o único caminho, e que ele deve ser vivido com
a intensidade de nossas almas em busca do nosso objetivo.