"A estes e a todos os que pedem para entrar (na escola do 4ºraio), Serapis esclarece o que são os rigores da mais alta senda para a mestria, a senda da luz branca, de uma pureza conquistada através do serviço, do sacrifício pessoal e da entrega de si mesmo ao todo que é Deus.
Os métodos de disciplina de Serapis Bey são feitos especialmente para cada candidato à Ascensão. Depois de uma entrevista inicial conduzida por ele mesmo ou por um dos Doze Adeptos que estão à cabeça da sua escola de mistérios, os devotos que vem ao seu retiro são divididos em grupos de cinco ou mais pessoas e encarregados de levar a cabo projetos juntamente com outros iniciados cujos padrões de carma (ilustrados graficamente na sua astrologia) fazem prever o maior atrito entre ambos. Esta prova tem de ser-lhes dada a fim de que possam optar por permanecer ou não centrados em Deus. Em pouco tempo torna-se claro ser necessário renunciar a todos os ídolos do eu tirano ou do passado cármico se é que o discípulo quer fundir-se com a corrente unificadora da Lei do Um.
Cada grupo continua o seu serviço conjunto até haver harmonia - a nível individual e como unidade coesiva da Hierarquia - aprendendo entretanto que os traços de caráter que mais desagradam no próximo são o pólo oposto dos piores defeitos de cada um e que aquilo que um critica nos outros poderá ser a raiz da sua própria mestria.
Além desse tipo de dinâmica de grupo, as pessoas são colocadas em situações (tanto no retiro quanto nas suas atividades do dia-a-dia) que lhes lançam os maiores desafios, de acordo com os seus padrões cármicos, que vão mudando. Neste curso de Serapis, o indivíduo pura e simplesmente não pode deixar a meio uma crise, uma situação ou alguém que lhe desagrade. Tem de ficar em pé, enfrentar e conquistar a sua mente carnal e a energia corrompida, disciplinando a sua consciência na arte da não-reação às criações humanas dos outros, aprendendo também a não ser dominado ou influenciado pela sua própria criação humana.
Quando as almas que foram colocadas muito perto umas das outras, precisamente por se terem relacionado erroneamente durante vidas inteiras, conseguem polir as suas arestas, preferindo finalmente a Harmonia divina a todos os deuses menores de tão terríveis lágrimas e longos discursos irados, passam então para câmaras de estudos avançados. Aí, na presença de Serapis, os segredos alquímicos da Árvore da Vida podem finalmente ser dados a conhecer aos que, fartos do mundo do desejo, dominaram as (suas) paixões e polarizações, consentindo somente em"estar quieto e saber que EU SOU Deus".
Texto do Livro: Senhores dos Sete Raios
De: Elizabeth C.Prophet